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C H R Y S O B A L A N A C E A E 345 Prance, G.T. 1972. Chrysobalanaceae. Flora Neotropica. Monograph 9. Prance, G.T. 1989. Chrysobalanaceae. Flora Neotropica. Monograph 9S. Chrysobalanaceae A família é pantropical com aproximadamente 525 espécies em 17 gêneros, com centro de distribuição nos Neotrópicos, onde Licania é o gênero maior com 213 espécies, Couepia tem 70, Hirtella 104, Parinari 18, Excellodendron 2, Acioa 3, e Chrysobalanus 3. Está entre as famílias mais abundantes da Amazônia Central. Na Reserva ocorrem 47 espécies em 5 gêneros. São arbustos ou arvoretas (Hirtella), árvores de subdossel (Licania, Couepia, Chrysobalanus) ou árvores de dossel (Couepia, Licania, Parinari). A casca viva geralmente é vermelha, grossa e siliciosa (granulosa quando esfregada entre os dedos), e muitas vezes com resina avermelhada. As folhas são alternas, simples, inteiras, freqüentemente coriáceas, glabras ou pilosas na face inferior, com estípulas caducas ou persistentes. Várias espécies (principalmente do gênero Licania) apresentam um par de glândulas na base da lâmina ou no pecíolo, ou espalhadas na lâmina. A inflorescência é racemosa, paniculada ou cimosa, terminal ou axilar, raramente as flores são solitárias e caulifloras (Hirtella). Em Licania as flores são sésseis e normalmente paniculadas, enquanto em Couepia são sempre pediceladas. As flores são brancas ou creme (Parinari, Couepia e Licania), amarelo-rosadas (Couepia), amareladas (Licania), roxas a lilases (Hirtella, Couepia longipendula), pequenas e inconspícuas (Licania, Parinari), mais evidentes (Couepia) e relativamente grandes (Hirtella), e aromáticas. São ainda zigomorfas, pequenas, bissexuais ou plantas polígamas, com um nectário anular abaixo do androceu. O número de estames varia entre gêneros: Hirtella com 3- 10 estames, exertos; Parinari com 6-8; Licania com 3-40 (somente L. unguiculata e L. egleri possuem estames exertos); e Couepia com 10- 300. As anteras são rimosas. O fruto é uma drupa carnosa (Hirtella, Licania) ou seca e dura (Licania e Couepia), grande a pequeno. Vegetativamente é identificada pela casca (siliciosa), presença de estípulas, e glândulas no pecíolo e lâmina. Pilosidade, presença ou não de resina no corte, são características usadas na identificação intra-específica. O tipo de pilosidade é um caractere importante para a identificação das espécies de Couepia e principalmente Licania. As folhas de Licania podem ser glabras ou apresentam pilosidade na face abaxial da lâmina com cavidades estomáticas evidentes e pubescentes. Couepia apresenta folhas glabras ou com pilosidade lanosa ou aracnóide abaxialmente. Parinari possui cavidades estomáticas evidentes e pubescência lanosa. Hirtella apresenta pêlos hirsutos, simples, ou as folhas são glabras. Existem poucos estudos sobre a polinização de Chrysobalanaceae, mas a maioria das espécies são polinizadas por insetos. Couepia é polinizada principalmente por mariposas, Hirtella por borboletas, Licania e Parinari por diversas espécies de abelhas. Couepia longipendula é polinizada por morcegos. As sementes são dispersas principalmente por cutias (Dasyprocta). Várias espécies do gênero Hirtella têm associação com formigas e apresentam domáceas na base da lâmina. Algumas espécies possuem frutos comestíveis. O de Couepia bracteosa (pajurá) é vendido em mercados regionais e o de C. longipendula (castanha-de-galinha) é usado na fabricação de óleo de cozinha. Licania rigida produz óleos (oiticica) e frutos comestíveis. Parinari também produz frutos comestíveis. Várias espécies são fonte importante de madeira para construção (Parinari, Licania). O pó da casca de Licania é usado na fabricação de cerâmica, para resistência ao calor. Hirtella H. physophora H. rodriguesii H. duckei H. myrmecophila C H R Y S O B A L A N A C E A E 346 Licania Couepia L. reticulataL. oblongifolia L. prismatocarpa L. octandra L. sothersae L. adolphoduckei L. bracteataL. apetala L. laevigataL. heteromorphaL. caudata C. canomensis C. gruianensis ssp. divaricata C. guianensis ssp. guianensis C. parillo C. bracteosa C. elata C. ulei C. canomensis C. magnoliifolia C. obovata C. longipendula L. adolphoduckeiL. apetala L. bracteata L. caudata L. coriacea L. gracilipes L. hirsutaL. heteromorpha L. lata L. macrophylla L. micrantha L. niloi L. pallida L. prismatocarpa L. sandwithii L. unguiculataL. oblongifolia L. octandra ESTÍPULAS PECIOLARES Quando a folha é arrancada, as estípulas ficam conectadas com o pecíolo. Licania bracteata L. canescens L. coriacea L. gracilipes L. hypoleuca L. impressa L. micrantha L. niloi L. pallida L. rodriguesii C H R Y S O B A L A N A C E A E 347 GLÂNDULAS Chrysobalanus Parinari Licania caudata L. adolphoduckei L. heteromorpha L. hirsuta RAÍZES ESCORAS Algumas espécies têm lenticelas grandes e densamente dispostas, dando um aspecto verrucoso ao ritidoma. É mais óbvio em: Licania micrantha L. rodriguesii Também em: L. coriacea L. lata RITDOMA VERRUCOSO Licania impressa Licania impressa L. laxiflora L. sothersae (margem) Parinari excelsa Meio do pecíolo Licania caudata (pequena) L. heteromorpha (margem) L. lata L. octandra ssp. pallida L. prismatocarpa (margem) L. reticulata (margem) L. unguiculata (margem) Ápice do pecíolo Na base da lâmina Chrysobalanus venezuelanus Couepia guianensis C. longipendula Licania oblongifolia L. micrantha L. prismatocarpa Licania macrophylla Na face superior Couepia longipendula Licania apetala L. niloi L. sprucei Na margem na base Licania latifolia L. rodriguesii Base do pecíolo Licania impressa Licania apetala (poucas) Parinari parvifolia Na margem Couepia longipendula (poucas) Hirtella bicornis (poucas) H. rodriguesii Licania adolphoduckei L. apetala (poucas) L. gracilipes L. heteromorpha L. hypoleuca L. laevigata Licania lata (poucas) L. latifolia L. longistyla L. macrophylla (em ambas as faces) L. reticulata L. sothersae L. caudata (poucas) Na lâmina Couepia bracteosa C. habrantha C. magnoliifolia C. ulei L. pallida L. reticulata (às vezes) Nas axilas das nervuras secundárias Couepia canomensis C. elata C. obovata C. parillo Licania bracteata L. coriacea L. hirsuta L. oblongifolia L. sandwithii Sem glândulas C. venezuelanus P. excelsa P. parvifolia L. laevigata L. latifolia L. prismatocarpa L. sothersae 11Par de domácea na base das folhas. Três espécies de Hirtella, todas arvoretas. Domáceas FOLHAS PILOSAS Folhas nitidamente pilosas. Ramos jovens e pecíolos híspidos. Pubescência distintamente ferrugínea, pelo menos em folhas jovens (ver também Parinari (grupo 2) com folhas menores). Pubescência esbranquiçada (às vezes também meio ferrugínea). Pubescência branca restrita às cavidades estomáticas. Mais evidente com lupa de campo. FOLHAS GLABRAS OU APARENTEMENTE GLABRAS Ápice da folha arredondado. Ápice da folha distintamente acuminado. C H R Y S O B A L A N A C E A E Folha pubescente na face inferior, mas não muito pilosa. Nervura central principalmente glabra na face superior. 22 33 44 55 77 66 348 EXSUDATOS EM CHRYSOBALANACEAE Exsudato aquoso (seiva) ou vermelho (resina) ocorre em muitas espécies. A quantidade de seiva pode variar e, talvez, seja sazonal. Os padrões de exsudato variam relativamente e independentemente da classificação taxonômica e do agrupamento feito aqui. Encontramos o seguinte: Exsudato aquoso + pilosas - pilosas Couepia elata C. longipendulaLicania apetala L. bracteata L. impressa L. lata L. laxiflora L. longistyla L. macrophylla L. micrantha L. oblongifolia L. octandra ssp. pallida L. pallida L. rodriguesii L. unguiculata Parinari excelsa Exsudato vermelho Couepia bracteosa C. guianensis (3 ssp.) C. robusta C. ulei Licania adolphoduckei L. heteromorpha L. hirsuta L. laevigata L. latifolia L. prismatocarpa L. reticulata L. sothersae Chrysobalanus venezuelanus Couepia canomensis C. magnoliifolia C. obovata C. parillo Hirtella (todas) Licania canescens L. gracilipes L. niloi L. sandwithii L. sprucei Parinari parvifolia Sem exsudato (secos) OUTRAS ESPÉCIES Arvoretas. Folhas com pilosidade híspida na face abaxial e um par de domáceas na base da lâmina. C H R Y S O B A L A N A C E A E Hirtella myrmecophila. Arvoreta. Lâmina elíptico- alongada. Impossível diferenciar de H. duckei vegetativamente; distingue- se pela inflorescência fasciculada. Freqüente. Platô e vertente. Amazônia Central. Hirtella physophora. Arvoreta. Lâmina elíptico- ovada, maior e mais larga do que as outras duas espécies; ápice mucronado. Ocasional. Platô e vertente. Amazônia e Guianas. 349 226 190 200 Hirtella duckei. Arvoreta. Geralmente tem um porte maior do que as outras espécies no grupo. Lâmina elíptico- alongada. Impossível de diferenciar de H. myrmecophila vegetativamente; distingue-se pela inflorescência racemosa, alongada. Ocasional. Platô e vertente. Amazônia Central e Ocidental e Guyana. A secção Myrmecophila (6 espécies) está representada na Reserva por três espécies. Em todas elas forma- se um par de estruturas ocas na base da folha, as domáceas, que são muito parecidas entre as espécies aqui representadas. São ocupadas por formigas vermelhas do gênero Pheidole, que devem proteger a planta contra herbivoria. Cada colônia de formigas ocupa a planta inteira, dividida entre as domáceas de diversas folhas, que funcionam como "berçários" ou armazéns. HIRTELLA SECÇÃO MYRMECOPHILA 75 11 H. duckeiH. myrmecophilaH. physophora São as menores Chrysobalanaceae na Reserva, raramente atingindo mais que 5 m. Das três, H. duckei geralmente chega a ser a maior. Pheidole em domácea. As estípulas de Hirtella secção Myrmecophila são filamentosas e híspidas, e distintas do restante da família. H. physophoraH. duckei Hirtella racemosa é uma espécie muito comum e com ampla distribuição na Amazônia, mas que nunca foi coletada na Reserva. Arvoreta ou arbusto com folhas pubérulas. Árvores pequenas. Pêlos híspidos na lâmina, terciárias reticuladas. Árvores de grande porte; sapopemas medianas. Nervuras secundárias numerosas e paralelas. Lâmina distintamente pilosa; pêlos híspidos, abundantes a esparsos. Pecíolos pilosos em ramos novos. C H R Y S O B A L A N A C E A E Hirtella rodriguesii. Árvore de sub-bosque. Folhas membranáceas e as menos pilosas do grupo. Venação impressa na face adaxial, com nervura central esparsamente pilosa. Estípulas lineares, de 5-8 mm. Ocasional. Vertente e Couepia elata. Árvore de dossel. Ritidoma castanho-claro com lenticelas pequenas, sulcos brancos com desprendimento papiráceo em faixas alongadas. Base variável. Lâmina com pubescência fina, lanosa, cinza-prateada entre as reticulações. Freqüente. Platô e vertente. Região do Baixo rio • Parinari excelsa. (Uchirana, uchi-de-tambaqui). Árvore. Ritidoma lenticelado. Folha mais arredondada que P. parvifolia, com 13 até 20 nervuras secundárias. Estípulas grandes em folhas de plantas jovens. Freqüente. Platô. Amazônia, Guianas, Brasil Central-leste e África. 350 120 60 62 Hirtella hispidula. Arvoreta. Vegetativamente parecida com H. rodriguesii. As duas espécies têm folhas, glândulas e estípulas semelhantes. Folhas maiores, mais alongadas, e mais coriáceas que H. rodriguesii. Rara. Capoeira. Amazônia e Guianas. 22Couepia parillo. Arbusto ou árvore pequena. Ritidoma castanho com fissuras e desprendimento em placas pequenas. Estípulas lineares alongadas, hirsutas. Lâmina com secundárias próximas e paralelas entre si. Nervura central na face adaxial impressa e pilosa. Ocasional. Campinarana. Amazônia e Guianas. 55 C H R Y S O B A L A N A C E A E 351 •Couepia canomensis. (Cuparana). Árvore de subdossel. Ritidoma castanho-acinzentado, estriado levemente e despredendo em placas, com sapopemas pequenas. Nervuras fortemente reticuladas, com pubescência fina entre as reticulações. Nervura central na face adaxial pilosa. Freqüente. Capoeira e platô. Amazônia Central, Ocidental e Sul da Guyana. Licania hirsuta. Árvore subdossel. Pecíolo piloso e nervura central impressa e pilosa na face adaxial. Lâmina ovada, venação pouco reticulada. Rara. Vertente. Amazônia brasileira. Licania latifolia. Árvore de subdossel. Ritidoma estriado e reticulado. Pecíolo e nervura central como em L. hirsuta. Par de glândulas na porção inferior do pecíolo. Lâmina larga, ovada a arredondada, com margem revoluta. Freqüente. Platô. Amazônia Central e Guyana. • Parinari parvifolia. Árvore. Folhas mais elípticas e coriáceas que P. exscelsa. Ritidoma com cicatrizes arredondadas, impressas, desprendendo em placas irregulares. Mais que 20 nervuras secundárias. Margem revoluta. Rara. Vertente. Guyana, e Amazônia Central e Oriental. 175 225 130 Licania sandwithii. Árvore de dossel. Ritidoma sulcado- reticulado, ocasionalmente com lenticelas. Base acanalada. Folhas menores, mais ovadas, e agrupadas no ápice do ramo; nervuras secundárias mais agrupadas entre si do que C. canomensis. Nervura central na face adaxial pilosa. Freqüente. Arredores de Manaus e Guyana. Árvores de subdossel com pêlos ásperos, raízes escoras e exsudato vermelho. • Parinari montana. (Pajurá- pedra) tem folhas maiores (9-17 cm) com glândulas no meio do pecíolo. Ocorre na região. •Hirtella fasciculata. Árvore. A folha tem uma aparência bulada, e vegetivamente é mais parecida com Couepia canomensis. Rara. Platô. 170 Árvores com pêlos ásperos e esbranquiçados na face abaxial. Glândulas ausentes. 125 110 Licania rodriguesii. Árvore do subdossel. Ritidoma distinto com lenticelas claras. Folhas sempre ferrugíneas. Sem glândulas na base da lâmina; pecíolo glabro, não caniliculado. Ocasional . Platô. Amazônia brasileira. C H R Y S O B A L A N A C E A E Couepia robusta. (Pajurá, mari-bravo). Árvore de dossel com base acanalada. Ritidoma acinzentado, claro. Pecíolo engrossado. Maiores folhas do grupo. Lâmina coriácea. Ocasional. Platô e vertente. Amazônia brasileira. Couepia bracteosa. (Marirana, pajurá). Árvore. Base acanalada ou com sapopemas pequenas. Ritidoma reticulado, às vezes com lenticelas dissimuladas. Ramo lenticelado. Par de glândulas de cada lado da nervura central, obscurecidas pela pubescência, e no ápice do pecíolo. Freqüente. Platô e baixio. Amazônia brasileira e Guianas. Couepia magnoliifolia. Árvore de subdossel com sapopemas pequenas. Corte vermelho- marrom, reticulado. Glândulas nas axilas das secundárias obscurecidas pela pubescência. Nervura central proeminente na face adaxial. Folhas mais oblongas, fortemente ferrugíneas na face abaxial. Rara. Platô. Arredores de Manaus. Couepia ulei. Árvore emergente. Ritidoma com fissurasfinas. Folhas relativamente pequenas e fortemente ferrugíneas. Par de glândulas de cada lado da nervura central e entre as secundárias, na face abaxial. Rara. Platô e vertente. Amazônia Central e Ocidental. 352 245 120 105180 130 Couepia habrantha. ocorre também na região, tipicamente perto de igarapés. 142 OS PADRÕES PRINCIPAIS DE PUBESCÊNCIA EM CHRYSOBALANACEAE C H R Y S O B A L A N A C E A E 353 • Couepia guianensis ssp. divaricata. Árvore emergente. Ritidoma claro, reticulado, com fissuras verticais ou com depressões. Base acanalada ou com sapopemas pequenas. Folhas menos alongadas do que var. guianensis. Pubescência lanosa densa na face abaxial tipicamente ferrugínea. Ocasional. Platô e vertente. Amazônia brasileira, Venezuela e Suriname. 105 Licania micrantha. (Pintadinha). Árvore de dossel. Ritidoma fortemente lenticelado. Base com pequenos sapopemas. Folha arredondado a ovada com pilosidade lanosa. Nervuras terciárias mais evidentes do que L. rodriguesii. Glândulas agrupadas na base da lâmina. Pecíolo glabro. Freqüente. Platô. Bacia amazônica e Mata Atlântica. Licania laxiflora. Árvore de dossel com base acanalada ou sapopemas pequenas. Ritidoma sulcado. Lâmina esbranquiçada na face abaxial e com pilosidade hirsuta nas nervuras, macia ao toque; venação profundamente reticulada. Ocasional. Amazônia brasileira, Venezuela e Guianas. 205 Licania latifolia Grupo 2 Couepia ulei Grupo 3 Licania lata Grupo 4 Licania sprucei Grupo 5 Licania heteromorpha Grupos 6 e 7 • Ver também as outras subespécies de Couepia guianensis na próxima página, são mais esbranquiçadas mas podem ser ferrugíneas. Pubescência lanosa ferrugínea cobrindo as terciárias.33 Folhas geralmente esbranquiçadas na face abaxial, os pêlos não restritos às cavidades estomáticas (nervuras terciárias não evidentes). Pubescência lanosa, saindo facilmente quando friccionados, deixando restos em folhas velhas. C H R Y S O B A L A N A C E A E Licania lata. (Caripé, macucu- bobo). Árvore de subdossel, sem sapopemas na base. Ritidoma marrom, com lenticelas. Par de glândulas na base da lâmina, conspícuas. Folha com pubescência adpressa esbranquiçada lanosa na face abaxial. Base da lâmina revoluta. Ocasional. Platô. Amazônia Central e Ocidental. 354 140 140 Couepia obovata. Árvore de porte pequeno a médio. Ritidoma com sulcos superficiais. Base reta a acanalada. Lâmina obovada, com pêlos acinzentados esparsos, adpressos na face abaxial, secundárias numerosas. Platô, vertente e baixio. Ocasional. Amazônia Central, Colômbia, Venezuela e Guianas. 75 Couepia guianensis ssp. guianensis. Árvore. Base acanalada ou com sapopemas pequenas. Folhas membranáceas. Ritidoma castanho-claro a acinzentado, reticulado. Pubescência na face abaxial acetinada/lanosa, branca em folhas novas, passando a castanhas ou glabras. Freqüente. Platô e vertente. Amazônia brasileira, Venezuela e Guianas. Couepia guianensis ssp. glandulosa. Base com sapopemas. Ritidoma reticulado, claro. Folhas menores das 3, passando a glabras ou glaucas quando mais velhas. Rara. Campinarana. Amazônia brasileira, Venezuela, Colômbia e Guianas. 90 44 MARGEM REVOLUTA Ocorre em somente duas espécies de Chrysobalanaceae na Reserva, Licania niloi e L. coriacea, ambos neste grupo. A base da folha pode ser revoluta em L. lata. C H R Y S O B A L A N A C E A E Licania coriacea. Árvore de dossel a emergente. Base reta ou com pequenas sapopemas. Ritidoma castanho-acinzentado, com lenticelas evidentes. Estípulas evidentes. Pubescência cerosa, acinzentada na face abaxial; margem fortemente revoluta. Ocasional. Amazônia Central e Guianas. 105 Licania niloi. Árvore. Ritidoma castanho-claro, com lenticelas abundantes; base acanalada. Par de glândulas no ápice do pecíolo. Lâmina coriácea, margem revoluta, ápice curto- acuminado. Pubescência cerosa, adpressa na face abaxial. Freqüente. Platô, vertente. Arredores de Manaus e Rondônia. 75 145 Licania canescens. (Caripé). Árvore de dossel. Ritidoma com base reta a acanalada. Folha com pubescência pulverulenta, cerosa, não persistente; base da lâmina fortemente cuneada. Ocasional. Amazônia Central, Oriental, Sul e Guianas. 100 Licania gracilipes. Árvore. Base com sapopemas. Ritidoma creme, com lenticelas geralmente agrupadas verticalmente. Lâmina membranácea, com pubescência macia, adpressa (lanosa); ápice longo- acuminado. Rara. Amazônia brasileira e Venezuela. Licania hypoleuca. Base da folha arredondada a subcordada e não revoluta, nervuras terciárias evidentes. Glândulas dispersas pela lâmina. Ocorre principalmente como árvore pequena em áreas com areia branca e no igapó, mas existem registros de árvores médias em platô. Rara. Norte do América do Sul. 355 Superfície abaxial em folhas jovens cerosas, facilmente soltando-se ao toque, deixando restos nas folhas mais velhas. 70 Licania impressa. Árvore de dossel, com sapopemas pequenas. Ritidoma lenticelado, castanho-claro. Pecíolo alongado com par de glândulas na porção mediana da face adaxial, às vezes inconspícuas. Venação reticulada. Freqüente. Amazônia Central e Oriental. Licania longistyla. (Caripé, Uchi-de-cutia). Árvore de dossel. Ritidoma castanho- acinzentado, com depressões circulares e fissuras finas. Base acanalada. Pecíolo piloso. Folhas quebradiças e cerosas na face adaxial. Ocasional. Platô e campinarana. Amazônia até Panamá. Licania sprucei. (Caripé). Árvore pequena. Ramo lenticelado. Par de glândulas conspícuas na lateral do pecíolo, próximo ao ápice. Cavidades estomáticas proeminentes. Ocasional. Arredores de Manaus e Sul da Guyana. Licania bracteata. (Cariperana). Árvore. Ritidoma fissurado longitudinalmente. Base reta ou com sapopemas. Ramo lenticelado. Base da lâmina freqüentemente subcordada. Glândulas ausentes. Ocasional. Região de Manaus; Colômbia e Peru. Licania octandra ssp. pallida. Árvore de sub-bosque ou às vezes de dossel. Base com sapopemas pequenas ou reta. Ritidoma claro, liso e com linhas transversais. Lenticelas inconspícuas. Par de glândulas na face adaxial do pecíolo. Pecíolo jovem tomentoso. Freqüente. Vertente. Amazônia Central e Ocidental. 120 155 155 130 110 Pubescência restrita as cavidades estomáticas, que são claramente definidas pelas quartenárias. Pubescência esbranquiçada restrita às cavidades estomáticas.55 356 C H R Y S O B A L A N A C E A E Lâmina glabra ou essencialmente glabra; ápice arredondado. Resina presente no corte (exceto L. oblongifolia). Licania pallida. Árvore. Ritidoma marrom-claro, com fissuras superficiais e lenticelas. Lâmina esbranquiçada na face abaxial com poucas cavidades estomáticas evidentes. Rara. Platô. Amazônia Ampla. 83 C H R Y S O B A L A N A C E A E Licania oblongifolia. (Macucu- chiador, Pajurá-rana). Ritidoma reticulado, escuro, com desprendimento; base com pequenas sapopemas. Sem resina no corte. Lâmina oblonga, com margem paralela; pecíolo engrossado. Par de glândulas geralmente presentes na base da lâmina. Freqüente. Todos os ambientes. Amazônia brasileira. Licania prismatocarpa. Árvore do dossel com sapopemas ou raízesescoras. Ritidoma reticulado. Venação distinta, com mais secundárias (>8). Par de glândulas (na base da lâmina) e pecíolo. Ocasional. Platô. Amazônia Central. Licania heteromorpha. (Macucu- fofo, Caripé-rana). Árvore com base acanalada, com sapopemas ou com raízes suportes. Tronco reticulado. Venação com poucas secundárias (5-6). Pecíolo curto, engrossado, com par de glândulas. Freqüente. Platô e vertente. Amazônia brasileira, Guianas, Trinidad. Licania sothersae. Árvore de dossel freqüentemente com raiz suporte. Tronco reticulado. Pecíolo relativamente alongado (7-9 mm), com par de glândulas proeminentes na porção mediana. Ocasional. Amazônia Central. 90 99 85 80 Licania egleri ocorre na área; o ápice da folha é tipicamente retuso com um pequeno múcron. 357 66 72 52 C H R Y S O B A L A N A C E A E Licania macrophylla. (Pintadinha). Árvore de subdossel sem sapopemas. Ritidoma reticulado. Lâmina alongada com par de glândulas proeminentes na base; estípulas lineares. Ocasional. Platô e campinarana. Amazônia Oriental e Guianas. Licania adolphoduckei. Árvore de dossel. Base variável, reta até com raízes escoras grandes. Ritidoma reticulado. Resina avermelhada. Pecíolo curto, lâmina decurrente. Ocasional. Baixio com solo arenoso. Amazônia Central. Chrysobalanus venezuelanus. Árvore pequena. Casca viva vermelha-escura. Glândulas na base da lâmina, estômatos visíveis com lupa de campo. Nervura central e ramos pilosos. Rara. Baixio. Conhecida da Reserva e estado Bolivar na Venezuela. Hirtella bicornis. Árvore de sub-bosque, sem sapopemas. Pecíolo curto, pubescência curta e serícea, quase imperceptível na face abaxial. Rara. Amazônia brasileira e peruana; Guianas, Colômbia e Lâmina foliar glabra, ou aparentemente sem pilosidade óbvia. Ápice distintamente acuminado. Licania caudata. Árvore de subdossel, freqüentemente com raiz escora. Ritidoma liso. Resina vermelha presente no corte. Ocasional. Amazônia brasileira e Mata Atlântica. 358 190 125 135 77 62 C H R Y S O B A L A N A C E A E 359 Licania apetala. (Cariperana, Caripé). Árvore de dossel. Base reta ou com sapopemas pequenas. Ritidoma levemente sulcado, liso ou reticulado e com linhas transversais às vezes presentes. Folha nova geralmente coberta por pubescência esbranquiçada, lanosa, mas não persistente. Licania laevigata. Árvore de dossel ou subdossel. Base com sapopemas pequenos ou raiz escora. Ritidoma reticulado e cicatrizes horizontais às vezes presentes. Resina vermelha às vezes presente no corte. Ocasional. Platô e vertente. Amazônia Central e Suriname. Licania reticulata. Árvore de dossel com base acanalada. Ritidoma rugoso e reticulado. Resina vermelha escassa no corte. Venação proeminente reticulada na face adaxial da lâmina; par de glândulas na base da lâmina. Ocasional. Baixio. Amazônia brasileira e peruana. Licania unguiculata. Árvore de dossel com pequenas sapopemas. Ritidoma fissurado, desprendendo em placas retangulares finas. Lâmina ovada. Pecíolo curto, engrossado, com par de glândulas presentes. Ocasional. Amazônia Central e Ocidental. Couepia longipendula. (Castanha-de-galinha). Árvore, base com sapopemas pequenas. Ritidoma liso com fissuras superficias e às vezes desprendendo em placas. Seiva translúcida às vezes presente. Folhas coriáceas, com ramos pendentes. Freqüente. Platô e vertente. Bacia do rio Negro. 130 205 80 18555 Inflorescências pêndulas de Couepia longipendula. As flores são noturnas e polinizadas por morcegos.
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