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PFRD 1999 Ebenaceae

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A família tem aproximadamente 500 espécies 
em 2 gêneros, Diospyros e Euclea. Euclea está 
restrita à África, com 12 espécies. Diospyros 
tem uma distribuição pantropical (regiões 
tropicais e subtropicais), sendo representada 
por 94 espécies na África continental, 100 em 
Madagáscar, cerca de 200 na Ásia tropical e 
no Pacífico, e aproximadamente 80 espécies 
na América, das quais 35 na Amazônia. 
Apenas algumas espécies ocorrem em regiões 
temperadas. Na Reserva ocorrem 7 espécies.
E
B
E
N
A
C
E
A
E
332 Ebenaceae
Existem poucos estudos sobre a biologia 
floral da família, mas observações preliminares 
mostram que algumas espécies são noturnas. 
Em uma espécie foi observado que o odor das 
flores é mais intenso ao entardecer e a corola 
cai logo ao amanhecer. Em outra espécie 
as flores emanam um leve odor de baunilha 
Diospyros bullata
Diospyros cavalcantei 
E G
Diospyros carbonaria
E
Diospyros manausensis
Diospyros capreifolia
G
Diospyros guianensis
E G
Diospyros vestita
G G
Vegetativamente pode ser confundida 
com Dichapetalaceae pelas folhas alternas e 
coriáceas, mas exibe característica marcante no 
campo. Apresenta glândulas evidentes na face 
abaxial das folhas, irregularmente distribuídas 
ao longo da nervura central ou na base da 
lâmina (menos freqüentemente próximo da 
margem da lâmina ou no ápice), geralmente 
em pares.
São árvores, arvoretas e arbustos 
dióicos com folhas simples, alternas, inteiras, 
sem estípulas, com cerne negro. As flores 
estão dispostas em cimos axilares, às vezes 
ramifloras, caulifloras ou solitárias. São 
unissexuais, com rudimentos de cada sexo 
quase sempre presentes. As flores femininas 
são geralmente maiores e menos numerosas 
por inflorescência do que as masculinas. A cor 
das flores varia de brancas a levemente rosadas 
ou creme-esverdeadas. O fruto é uma baga 
globosa a ovóide, pilosa ou glabra, rugosa a 
lisa. O cálice é acrescente, uma característica 
marcante em Diospyros com lobos acuminados 
ou arredondados, envolvendo o fruto apenas 
no ápice ou até a metade do fruto. Contém até 
16 sementes quase sempre envoltas em uma 
polpa adocicada e gelatinosa.
Diospyros manausensis. 
Arvoreta. Ritidoma negro, 
ligeiramente fissurado. Lâmina 
cartácea, glabra com exceção 
da nervura central; glândulas ao 
longo dos dois lados da nervura 
central. Rara. Platô. Arredores 
de Manaus.
Diospyros carbonaria. 
Árvore. Ritidoma marrom-
negro, liso com lenticelas 
dispersas, esbranquiçadas. 
Lâmina cartácea, 
leve serícea na face 
abaxial. Nervura central 
proeminente, secundárias 
broquidódromas. Rara. 
Vertente. Amazônia Central 
e Guianas.
Diospyros guianensis. Árvore. 
Ritidoma marrom-negro, com 
sulcos superficiais. Lâmina 
estrigosa a glabrescente, com 
glândulas evidentes na base, 
abaxialmente; superfície 
levemente bulada; base 
revoluta. Ocasional. Platô e 
vertente. Guianas, Venezuela, 
Brasil. 200 147
113
E
B
E
N
A
C
E
A
E
333
Cavalcante, P.B. 1963. Contribuição ao Conhecimento do Gênero Diospyros Dalech. 
(Ebenaceae) na Amazônia. Bol. Mus. Par. Em. Goeldi, Botanica 20: 1-53.
Sothers, C. A. & Berry, P. 1998. Ebenaceae. (eds). Flora of the Venezuelan Guayana, 4: 
704-712.
Lâmina elíptica,glabra ou com 
pêlos finos adpressos na face 
abaxial. 11
e são visitadas por abelhas pela manhã. O 
gênero Diospyros apresenta uma grande 
variação quanto ao tipo de corola, indicando 
uma possível diversidade em polinizadores. A 
dispersão é por animais. Os frutos produzem 
uma polpa adocicada, atraente a mamíferos; 
macacos-prego já foram observados comendo 
os frutos.
O valor econômico da família em 
nível mundial é alto. A madeira das espécies 
encontradas na África e na Ásia, conhecida 
como ébano, são de alta qualidade e usadas 
para várias finalidades. As espécies mais 
procuradas em alguns países asiáticos já se 
encontram em estado de extinção devido 
a sua grande demanda. Algumas espécies 
produzem frutos comestíveis, o mais 
conhecido é Diospyros kaki, o caqui, que é 
cultivado mundialmente. Outras espécies 
são usadas ainda como veneno para peixes 
(D. guianensis na Guiana francesa) e para 
diversos fins medicinais (Ásia).
 Diospyros cavalcantei. 
Árvore. Ritidoma marrom-
negro, levemente sulcado. 
Lâmina com pêlos esparsados, 
seríceos, densos na margem 
e nervura central. Venação 
secundária inconspicuamente 
broquidódroma. Pecíolo curto, 
base da lâmina arredondada. 
Freqüente. Platô e vertente. 
Amazonas, Pará, e Guianas.
Diospyros vestita. Árvore. 
Ritidoma marrom-negro, 
sulcado, desprendimento em 
placas quadradas. Lâmina 
denso-serícea. Nervura 
central proeminente, 
secundárias inconspicuamente 
broquidódromas. Pecíolo mais 
longo do que D. cavalcantei; base 
da lâmina cuneada e revoluta. 
Rara. Platô e vertente. Pará, 
Amapá, Amazonas e Guianas.
81
57
350122
Lâmina lanceolada, obviamente 
pilosa ou esbranquiçada na face 
abaxial.
E
B
E
N
A
C
E
A
E
334
Diospyros capreifolia. Árvore. 
Ritidoma marrom-negro, 
desprendendo em placas 
finas; lenticelas às vezes 
presentes. Lâmina abaxial 
com pêlos eretos esparsos, 
ferrugíneos, passando a 
glabrescente; superfície cerosa, 
esbranquiçada; glândulas 
ao longo dos dois lados da 
nervura central. Ocasional. 
Platô, vertente e campinarana. 
América do Sul.
Diospyros bullata. Arvoreta. 
Ramos escandentes, 
ramificando do ápice do 
tronco. Ritidoma marrom-
escuro a negro, com fissuras 
superficiais. Folhas fortemente 
buladas, densamente hirsutas 
na face abaxial. Seiva 
translúcida presente ao 
corte. Freqüente. Vertente, 
platô, campinarana e baixio. 
Amazonas.
22
Diospyros bullata
E G
Styrax discolor. Árvore. 
Lâmina cartácea, discolor, 
pilosidade curta, de pêlos 
estrelados na face abaxial. O 
material tipo só tem tricomas 
sésseis nas veias e não é 
áspero. Rara. Platô.
122
Representada por 12 gêneros e cerca de 200 
espécies. Ocorre nas zonas quentes da América, 
Ásia oriental e nas regiões mediterrâneas. O 
gênero Styrax tem 160 espécies distribuídas nas 
regiões tropicais e temperadas. Styrax discolor 
e Styrax squamulosa foram descritas em coletas 
feitas na Reserva. Styrax guianensis ocorre nos 
arredores de Manaus.
Vegetativamente pode ser confundida 
com Chrysobalanaceae. No campo os botões 
florais se assemelham a frutos imaturos de 
algumas Lauraceae.
São árvores ou arbustos, freqüentemente 
com pêlos estrelados ou escamoso-peltiformes. 
As folhas são alternas, simples, inteiras ou com 
margem denteada. A inflorescência é terminal 
ou axilar, os racemos às vezes reduzidos a um 
cimo, fascículo ou flores solitárias. Flores 
S
T
Y
R
A
C
A
C
E
A
E
335
Spichiger, R. et al. 1990. Styracaceae. In: Contribucion a la Flora de la Amazonia Peruana 
II. Los Arboles del Arboretum Jenaro Herrera. Boissiera, 44: 409-411.
Styrax guianensis. Árvore. 
Folha extrememente áspera 
abaxialmente, com pêlos sésseis 
ou, estrelados, principalmente 
na venação. Glabra na face 
superior, com venação plana 
até impressa. Pecíolo com 
pubescência estreladas, densa 
castanha. Arredores de Manaus.
bissexuais, raro dióicas, actinomorfas, 
tetrâmeras ou pentâmeras. As sépalas são 
unidas com 4-5 dentes ou lobos pequenos; as 
pétalas são unidas, geralmente 4-5-lobadas, 
com os lobos mais longos do que o tubo. 
Os estames possuem o dobro do número de 
lobos corolinos, raramente igual ou mais que 
o dobro, dispostos na base da corola. Os 
filetes são unidos na base. As anteras são 
oblongas e biloculares. O ovário é súpero, 
semi-ínfero ou ínfero. O estigma é inteiro ou 
lobado. Os frutossão secos ou carnosos, às 
vezes drupáceos ou capsulares.
De algumas espécies extraem-se 
bálsamos aromáticos e resinosos que são 
empregados na medicina, perfumaria e como 
incenso em cerimônias tradicionais e religiosas 
(S. officinale, o bálsamo, e S. benzoin, o 
benjoim).
Styracaceae
235

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