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Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae)

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Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022 • https://doi.org/10.5902/1980509838770
Submissão: 28/06/2019 • Aprovação: 03/02/2021 • Publicação: 23/11/2022 
Artigo publicado por Ciência Florestal sob uma licença CC BY-NC 4.0.
ISSN 1980-5098
Acesso aberto
Artigos
Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae)
Priorities for the conservation of Butia (Arecaceae)
Marcelo Piske EslabãoI 
Paulo Eduardo Ellert-PereiraI 
Rosa Lía BarbieriII 
Gustavo HeidenII 
IUniversidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil
IIEmbrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, Brasil
RESUMO
Butia (Arecaceae) é um gênero de palmeiras que reúne 21 espécies nativas na América do Sul. Os fatores 
que determinam a distribuição e conservação das espécies do gênero ainda são pouco compreendidos. 
O trabalho tem como objetivos mapear os espécimes com ocorrência natural na América do Sul e 
avaliar o estado de conservação e critérios de ameaça das espécies. Áreas com espécies prioritárias 
para conservação in situ e espécies prioritárias para a conservação ex situ são propostas. Onze espécies 
foram avaliadas como vulneráveis (VU), cinco espécies como criticamente em perigo (CR), três espécies 
como em perigo (EN), uma espécie como quase ameaçada de extinção (NT) e uma espécie não foi 
possível avaliar o estado de conservação (dados insuficientes - DD). Foram reconhecidas oito prioridades 
de áreas para a conservação in situ e oito espécies foram consideradas prioritárias para conservação ex 
situ e coleta de germoplasma. Os resultados irão subsidiar a proposição de áreas para conservação in 
situ e manejo sustentável, e estratégias para a conservação ex situ e coleta de germoplasma.
Palavras-chave: Conservação ex situ; Conservação in situ; Distribuição geográfica; Flora ameaçada; 
IUCN
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
https://doi.org/10.5902/1980509838770
https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal
https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/
https://orcid.org/0000-0002-2383-8020
https://orcid.org/0000-0002-4878-8082
https://orcid.org/0000-0001-8420-9546
https://orcid.org/0000-0002-0046-6500
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1734
ABSTRACT
Butia (Arecaceae) is a palm genus of 21 South American species. The factors that determine the 
geographical distribution and conservation status of Butia species are still poorly understood. We mapped 
the specimens with a natural occurrence in South America and evaluated the state of conservation of 
the species and their respective threat criteria. These results allowed the proposition of priorities for in 
situ and ex situ conservation. Eleven species were evaluated as Vulnerable (VU), five species as Critically 
Endangered (CR), three species as Endangered (EN), one species was assessed as Near Threatened (NT) 
and one species could not be assessed due to Deficient Data (DD). Eight priorities for in situ conservation 
are recognized and seven species are considered as priorities for ex situ conservation and germplasm 
collection. The results support the choice of priority areas for in situ conservation and sustainable 
management, and strategies for ex situ conservation of the species and germplasm collection.
Keywords: Ex situ conservation; In situ conservation; Geographic distribution; IUCN; Threatened flora
1 INTRODUÇÃO
Diante do cenário de crescente extinção de espécies (PEREIRA et al., 2010; 
BARNOSKY et al., 2011), é fundamental a adoção de estratégias de conservação que 
contribuam para minimizar a perda da biodiversidade (PIMM et al., 2014; UNEP-WCMC; 
IUCN, 2016). Estratégias e planos para conservação têm sido propostos em diferentes 
escalas, desde ações globais, tais como a Convenção sobre a Diversidade Biológica 
(CDB) e a Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC), e ações locais, como 
aquelas adotadas nos Planos de Ação Nacional elaborados no Brasil pelo Instituto 
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Centro Nacional de 
Conservação da Flora (CNCFlora) (MARTINS; LOYOLA; MARTINELLI, 2017).
A avaliação do estado de conservação é um método baseado em critérios 
propostos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (International 
Union for Conservation of Nature - IUCN), que estabeleceu nove categorias de ameaça. 
Os critérios determinantes para o estabelecimento das categorias avaliam medidas 
com base em informações, como tamanho de populações e subpopulações, número 
de indivíduos adultos, tempo de geração, redução das populações, declínio contínuo, 
flutuações extremas, fragmentação nas populações e medidas de área geográfica: 
Extensão de Ocorrência (Extension Of Occurrence – EOO), e Área de Ocupação (Area 
Of Occupancy – AOO) (IUCN, 2012). A EOO é um parâmetro que mede a distribuição 
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjxkJvpiPrTAhVCQ5AKHcKsDrUQFgg9MAI&url=https%3A%2F%2Fwww.iucn.org%2F&usg=AFQjCNH_Zr38lNdJaA4OJ6b8ByyDoP5Uow&sig2=kA5pSc5J22x1siP98fBSeg
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjxkJvpiPrTAhVCQ5AKHcKsDrUQFgg9MAI&url=https%3A%2F%2Fwww.iucn.org%2F&usg=AFQjCNH_Zr38lNdJaA4OJ6b8ByyDoP5Uow&sig2=kA5pSc5J22x1siP98fBSeg
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1735
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
espacial de áreas atualmente ocupadas por um táxon e é usada para avaliar como 
distúrbios podem afetar as populações dentro de uma escala geográfica (IUCN, 2012), 
por isso é considerado um método de extrema importância (HERZOG et al., 2012). 
Complementarmente, a AOO é definida como a área dentro de sua EOO, que é ocupada 
por um táxon, e que deve ser utilizada em avaliações de conservação (IUCN, 2012).
A conservação ex situ é uma estratégia eficaz para preservar a diversidade 
de espécies de plantas (LI; PRITCHARD, 2009), protegê-las da extinção e fornecer 
material para restauração de habitats e reintrodução de táxons (HAVENS et al., 
2006). Já a conservação in situ é considerada como conservação do germoplasma 
no habitat natural das espécies. Os métodos in situ oferecem as melhores 
oportunidades para a conservação de múltiplas espécies, conservando maior 
variabilidade genética (DAMANIA, 1996).
O gênero Butia (Becc.) Becc. tem sua distribuição estendendo-se do sudeste 
da Bahia e Goiás até o Uruguai, Paraguai e Argentina (ESLABÃO et al., 2017). As 
principais características do gênero são os folíolos ascendentes, formando um “V” em 
corte transversal, e os poros no endocarpo dos frutos (MARCATO, 2004). Apesar de 
exploradas para consumo de frutos e no paisagismo, há uma carência de informações 
sobre as espécies deste gênero e apenas duas espécies (B. purpuracens Glassman e 
B. eriospatha (Martius ex Drude) Becc.) estão avaliadas na Lista Vermelha da IUCN 
da flora ameaçada de extinção (IUCN 2016). Paralelamente a fim de conservar os 
recursos genéticos e estudar as aplicações potenciais dessas espécies, a Embrapa 
Clima Temperado e a Universidade Federal de Pelotas mantêm coleções ativas de 
germoplasma de Butia e conduzem pesquisas sobre caracterização, propagação e 
avaliação do potencial de utilização dessas palmeiras (HOFFMANN et al., 2014).
O conhecimento científico associado às espécies nativas tem valor estratégico 
para a manutenção da biodiversidade e desenvolvimento socioeconômico 
regional. Porém, o estado de conservação a nível global da maior parte das 
espécies de Butia é desconhecido ou precisa ser atualizado. Dessa forma, o 
objetivo deste estudo foi avaliar o estado de conservação e propor prioridades 
para a conservação in situ e ex situ e uso sustentável.
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2 MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho está vinculado ao projeto:A Rota dos Butiazais no Bioma Pampa: 
conectando pessoas e ecossistemas para a conservação e uso sustentável da 
biodiversidade, cadastro SisGen nº AA3FA15.
2.1 Dados de ocorrência e taxonomia
Os registros foram obtidos por meio de pesquisa nas bases de dados GBIF 
(GBIF, 2015), Herbário Virtual Reflora (REFLORA, 2016) e SpeciesLink (CRIA, 2016). 
O banco de dados inicial de ocorrências teve os registros conferidos e ampliados 
por revisão bibliográfica (CHEBATAROFF, 1974; DEBLE, 2011, 2017; GAUTO et al., 
2017; LORENZI, 2010; MARCATO, 2004; MOURELLE et al., 2015; SOARES, 2015; 
RODRIGUEZ et al., 2017), revisão de espécimes nos herbários BHCB, BHZB, BM, 
BOTU, CEN, CGMS, COR, CPAP, CVRD, ECT, ESA, FLOR, HAS, HBML, HEPH, HJ, HPL, 
HUCS, HUFU, HURG, IAC, IBGE, ICN, JBAER, JOI, MBM, MBML, MPUC, PACA, PEL, R, 
RB, RBR, SPF, SPSF, UB, UFG, UPC, UPCB, VIES (THIERS, 2016) e coletas em trabalhos 
de campo no DF, GO e RS. Os registros tiveram a identificação taxonômica checada, 
corrigida e/ou confirmada por meio da análise de espécimes em herbários ou de 
imagens digitais em resolução suficiente para observar caracteres morfológicos 
diagnósticos. Para a identificação, foi seguida a chave publicada por Ellert-Pereira et 
al. (2019), adaptada a partir de Soares (2015) e o material identificado foi conferido 
com o material-tipo e descrições das espécies. Apenas registros de espécimes 
confirmados taxonomicamente foram incluídos na base de dados.
2.2 Ocorrência em unidades de conservação
Para o georreferenciamento dos registros, foram consideradas as coordenadas 
informadas nas etiquetas de coleta ou as coordenadas foram obtidas secundariamente 
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com o auxílio da ferramenta geoLoc (CRIA, 2016) ou do Google Earth versão 7.1.5.1557 
(GOOGLE, 2016). Espécimes em que não foi possível confirmar a identificação em 
nível de espécie, exemplares cultivados e registros incompletos de localidade foram 
excluídos. Ocorrências cuja identificação taxonômica não foi checada por meio 
da revisão de espécimes de herbários ou cujos espécimes não permitiam uma 
determinação segura, além de exsicatas oriundas de exemplares cultivados e registros 
com dados incompletos de localidade não foram incluídas no mapeamento. No total 
foram levantados 517 registros de herbário e 49 em registros de literatura. Os dados 
georreferenciados foram plotados nos aplicativos ArcGis versão 10.2 e DIVA-GIS versão 
7.5, onde foram inseridas as camadas de limites políticos nacionais e infranacionais 
da América do Sul e Unidades de Conservação (UC - https://www.protectedplanet.
net/). A avaliação dos registros de ocorrência foi realizada para determinar a área de 
distribuição das espécies, checar a acuidade das coordenadas geográficas obtidas e 
confirmar a ocorrência em unidades de conservação. 
2.3 Área de Ocupação (AOO) e Extensão de Ocorrência (EOO)
Foram adotados os conceitos de Gaston e Fuller (2009) sobre AOO e EOO. Para 
o cálculo, foi utilizado o aplicativo QGIS versão 2.18.4 e os resultados foram plotados 
utilizando DIVA-GIS versão 7.5. Os valores de pixels de AOO e EOO foram transformados 
em km² e utilizados na avaliação do estado de conservação. Nos mapas gerados para 
a análise de AOO, as quadrículas estimam a área ocupada. Para a EOO, o polígono 
contorna a distribuição geral. Um índice de abundância foi calculado por meio de uma 
regra de três com os valores de AOO e EOO de forma a quantificar a abundância/
raridade de ocupação de uma dada espécie em sua EOO.
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2.4 Estado de conservação
As categorias do estado de conservação das espécies basearam-se nos critérios 
da IUCN (2012). Foram aplicadas nove categorias através de critérios que incluem 
a taxa de declínio da população, o tamanho e distribuição da população, a área de 
distribuição geográfica e grau de fragmentação. Para isso, foram considerados a EOO 
e AOO confrontadas principalmente com o critério B relativo ao tamanho da área de 
distribuição geográfica (IUCN, 2012) e observações de campo, revisão bibliográfica 
e revisão de dados de etiquetas de vouchers em herbários para confrontar com os 
demais critérios quando informações adicionais das espécies estavam disponíveis.
2.5 Prioridades para conservação e coleta de germoplasma
Foram analisados no DIVA-GIS versão 7.5 três conjuntos de dados: total de 
ocorrências conhecidas, para identificar os centros de diversidade de espécies do 
gênero; total de ocorrências fora de UC, para identificar prioridades para conservação 
não representadas em UC in situ; e total de ocorrências de espécies não protegidas em 
UC, para identificação de prioridades para resgate de germoplasma para a conservação 
ex situ e para o estabelecimento de áreas de conservação in situ.
2.6 Espécies prioritárias para conservação
Foram analisados três conjuntos de dados: total de ocorrências, para identificar 
os centros de diversidade de espécies; total de ocorrências fora de UC, para identificar 
espécies prioritárias para conservação não representadas em UC in situ; e total de 
ocorrências de espécies não protegidas em UC, para identificação de espécies 
prioritárias para resgate de germoplasma e conservação ex situ. Foram utilizados 
os algoritmos do DIVA-GIS que definem o número mínimo de unidades para reter 
a diversidade de espécies e identificar, em ordem de importância, as espécies que 
devem ser priorizados para a conservação por ordem decrescente de diversidade e a 
análise de riqueza (SCHELDEMAN; VAN ZONNEVELD, 2011).
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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Ocorrência em UC
Foram obtidos 995 registros e após eliminação de dados duplicados obteve-se 
517 registros únicos com dados de identificação, localidade de coleta e coordenadas 
geográficas checados. Os dados abrangem 355 localidades, sendo 415 registros 
fora de UC e 102 registros em UC, com ocorrência natural na América do Sul, na 
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. As espécies foram listadas em 36 UC. Butia 
archeri (Glassman) Glassman é a espécie com maior representatividade em 12 UC, 
Butia microspadix Burret e Butia paraguayensis (Barb.Rodr.) Bailey em seis UC, Butia 
capitata (Mart.) Becc. em três, Butia catarinensis Noblick & Lorenzi e Butia odorata 
(Barb.Rodr.) Noblick em duas e Butia arenicola (Barb.Rodr.) Burret, Butia campicola 
(Barb.Rodr.) Noblick, Butia eriospatha, Butia exospadix Noblick, Butia lepidotispatha 
Noblick, Butia pubispatha Noblick & Lorenzi e Butia. yatay (Mart.) Becc em uma UC. 
Butia exilata Deble & Marchiori, Butia lallemantii Deble & Marchiori, Butia leptospatha 
(Burret) Noblick, Butia marmorii Noblick, Butia matogrossensis Noblick & Lorenzi, Butia 
poni Hauman ex Burret, Butia purpurascens e Butia witeckii K. Soares & S. Longhi não 
estão presentes em UC.
3.2 Áreas de Ocupação (AOO) e Extensão de Ocorrência (EOO)
As espécies que apresentaram as maiores AOO foram Butia paraguayensis 
(36475, 84 km²), seguido por Butia archeri (23249, 47 km²), Butia yatay (16237, 90 
km²) e Butia arenicola (11348, 94 km²). As menores AOO foram de Butia poni (00, 51 
km²), Butia leptospatha (15, 26 km²), seguido por Butia exilata (17, 29 km²) e Butia 
marmorii (88, 66 km²). As áreas de EOO foram maiores para Butia paraguayensis 
(77756, 57 km²), Butia archeri (31963, 22 km²), Butia arenicola (17748, 80 km²), Butia 
yatay (17130, 52 km²) e Butia odorata (13910, 83 km²). A EOO foi menor em Butia 
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 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1740
exilata (553, 44 km²), Butia marmorii (1295, 53 km²), Butialallemantii (4229, 14 km²), 
Butia leptospatha (4778, 29 km2) e Butia exospadix (5037, 15 km²). Butia yatay, seguido 
por Butia capitata, Butia archeri e Butia eriospatha apresentaram a maior abundância 
(98 a 72%), enquanto que as espécies Butia leptospatha, Butia poni, Butia pubispatha 
e Butia witeckii foram as mais raras. A abundância de Butia pubispatha e Butia witeckii 
não pôde ser calculada devido ao baixo número de localidades conhecidas.
3.3 Avaliação do estado de conservação
A maioria das espécies (20) foi considerada ameaçada segundo a IUCN 
(2012), sendo cinco espécies Criticamente Ameaçadas (CR) (Butia exilata, Butia 
leptospatha, Butia poni, Butia purpurascens e Butia witeckii), três espécies Em 
Perigo (EN) (Butia exospadix, Butia lallemantii e Butia marmorii) e 11 no estado de 
conservação Vulnerável (VU) (Butia arenicola, Butia campicola, Butia capitata, Butia 
catarinensis, Butia eriospatha, Butia lepidotispatha, Butia matogrossensis, Butia 
microspadix, Butia odorata, Butia paraguayensis e Butia yatay). Apenas uma espécie 
(Butia archeri) não se enquadra nos critérios de ameaça da IUCN e é classificada 
como quase ameaçada – NT.
3.4 Prioridades para conservação e uso sustentável da biodiversidade
Foram indicadas oito prioridades para conservação de Butia (Tabela 1), 
com base na diversidade de espécies como critério de priorização, seguido 
pelo estado de conservação e grau de ameaça. Os dados reunidos indicam o 
oeste do MS e o leste do Paraguai como prioridades para conservação, onde se 
concentram uma maior diversidade e endemismos de espécies de Butia. Dessa 
forma, foram propostos nove alvos prioritários para a conservação de Butia na 
América do Sul (Tabela 1). A conservação dessas nove prioridades representaria 
toda a diversidade de 21 espécies do gênero.
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Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
Tabela 1 – Prioridades para conservação de Butia com base no estado de conservação 
das espécies (CR - Criticamente Ameaçada, EN - em Perigo, VU - Vulnerável, NT - Quase 
Ameaçada, DD - Dados Deficientes, T - total)
Prioridades Espécies CR EN VU NT DD T
1
Butia campicola, Butia lepidotispatha, 
Butia marmorii, Butia paraguayensis
0 1 3 0 0 4
1
Butia arenicola, Butia exospadix, Butia 
lepitodispatha, Butia paraguayensis
0 1 3 0 0 4
2
Butia campicola, Butia lepidotispatha, 
Butia leptospatha, Butia poni
2 0 2 0 0 4
2
Butia eriospatha, Butia microspadix,
Butia pubispatha 0 0 2 0 1 3
3
Butia archeri, Butia matogrossensis,
Butia purpurascens 1 0 1 1 0 3
4 Butia eriospatha, Butia exilata 1 0 1 0 0 2
5 Butia lallemantii, Butia yatay 0 1 1 0 0 2
6 Butia catarinensis, Butia odorata 0 0 2 0 0 2
7 Butia witeckii 1 0 0 0 0 1
8 Butia capitata 0 0 1 0 0 1
Fonte: Autores (2019)
3.5 Prioridades em áreas não conservadas
Para indicar prioridades para o estabelecimento de novas UC in situ foram 
levantados os registros fora de unidades de conservação. Esses registros totalizaram 
416 pontos para 20 espécies. Essas prioridades também são apontadas como áreas 
para coleta de germoplasma, pois apresentam elevada diversidade ou espécies 
raras e endêmicas (Figura 1 B, Tabela 1 e Tabela 2). Foram definidas 10 áreas com 
três prioridades para conservação in situ ou coleta de germoplasma e conservação 
ex situ, onde foi levado em conta o número de espécies registradas sem levar em 
consideração o estado de conservação e os critérios de ameaças das espécies nelas 
ocorrentes (Figura 1 B, Tabela 1 e Tabela 2).
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1742
Figura 1 – Mapas das áreas e espécies prioritárias para a conservação ex situ e in situ 
de espécies de Butia (Arecaceae)
Fonte: Autores (2019)
Em que: A – Áreas prioritárias necessárias para a conservação de toda a diversidade de espécies de Butia, 
considerando espécies representadas ou não em Unidades de Conservação, e a distribuição conhecida das 
espécies do gênero; B – Indicação de áreas prioritárias para a criação de novas unidades de conservação in 
situ de Butia ou coleta de germoplasma para conservação ex situ, com base na distribuição de populações que 
não se encontram em unidades de conservação existentes; C – Espécies e áreas prioritárias para a coleta de 
germoplasma que não se encontram em unidades de conservação.
Tabela 2 – Prioridades para criação de novas unidades de conservação in situ de 
Butia ou coleta de germoplasma para conservação ex situ, com base na distribuição 
de populações que não se encontram em unidades de conservação
Prioridade Diversidade Espécies
1 3 Butia campicola, Butia lepidotispatha, Butia leptospatha
1 3 Butia archeri, Butia matogrossensi, Butia purpurascens
1 3 Butia arenicola, Butia paraguayensis, Butia yatay 
2 2 Butia arenicola, Butia poni
2 2 Butia exospadix, Butia marmorii
2 2 Butia catarinensis, Butia odorata
2 2 Butia eriospatha, Butia microspadix
2 2 Butia lallemantii, Butia paraguayensis
3 1 Butia capitata
3 1 Butia witeckii
Fonte: Autores (2019)
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1743
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3.6 Espécies prioritárias para conservação
A determinação de espécies prioritárias para conservação ex situ considerou 
registros de oito espécies que não ocorrem em UC (Butia exilata, Butia lallemantii, 
Butia leptospatha, Butia marmorii, Butia matogrossensis, Butia poni, Butia purpurascens, 
Butia witeckii) priorizadas por estado de conservação e critérios de ameaça (Figura 
1 C e Tabela 3). De acordo com a Tabela 3, Butia exilata e Butia purpurascens são 
indicadas como prioritárias para conservação. Além destas espécies criticamente 
ameaçadas que não ocorrem em UC, outras espécies com registros em UC, mas cujas 
populações se encontram fora de UC (Tabela 3), também são indicadas para coletas 
de germoplasma. Embora a coleta de germoplasma seja indicada para a conservação 
ex situ, o estabelecimento de UC nas áreas de ocorrência também é indicado, porém 
como o estabelecimento de novas unidades costuma ser lento, caro e burocrático, a 
conservação ex situ se justifica como solução paliativa de curto prazo.
Tabela 3 – Espécies de Butia prioritárias para conservação ex situ e seus estados de 
conservação (EC) e critérios de ameaça (CA), número de registros (R) e localidades (L)
Prioridade Espécies EC CA R L
1 Butia exilata CR A1acC2a(i) 8 6
2 Butia purpurascens CR A1acd; B1ab(i,ii,iii); 2ab(i,ii,iii) 22 10
3 Butia witeckii CR A4c 2 1
4 Butia leptospatha CR A4c 4 4
5 Butia poni CR B2ab(i,ii,iii,v) 4 3
6 Butia lallemantii EN B1b(i,ii,iii) 21 13
7 Butia marmorii EN B1b(i,ii,iii); 2b(i,ii,iii) 35 30
8 Butia matogrossensis VU B1ab(i,ii,iii) 8 7
Fonte: Autores (2019)
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1744
3.7 Ocorrência em UC
Butia paraguayensis e Butia archeri foram as espécies mais representativas em 
relação ao total de registros, localidade e registros em UC. Foram reunidos para 
Butia paraguayensis 83 registros e 53 localidades, com oito registros em UC. Para 
Butia archeri foram 83 registros, 47 localidades e 35 registros em UC. As espécies 
que apresentaram menos dados de distribuição foram Butia pubispatha com um 
registro de uma localidade em UC; Butia witeckii com dois registros, em uma mesma 
localidade e nenhum registro em UC; Butia leptospatha com quatro registros em quatro 
localidades, nenhum em UC, Butia exilata com oito registros, em seis localidades 
e nenhum em UC e Butia matogrossensis com oito registros, em sete localidades, 
nenhum em UC. As UC que tem um maior número de espécies se encontram no 
leste do Paraguai, são elas Yaguareté Forest com Butia arenicola, Butia exospadix e 
Butia lepidotispatha; Reserva Nacional del BosqueMbaracayú com Butia campicola, 
Butia lepidotispatha e Butia paraguayensis; e Parque Nacional Cerro Corá com Butia 
lepidotispatha e Butia paraguayensis. 
3.8 Estado de conservação e critérios de ameaça
Foram registradas 21 espécies de Butia na América do Sul, das 20 registradas para 
o Brasil, 10 são endêmicas do país (Butia archeri, Butia capitata, Butia eriospatha, Butia 
exilata, Butia matogrossensis, Butia microspadix, Butia pubispatha, Butia purpurascens, 
Butia witeckii), o que representa uma porcentagem muito alta de diversidade e 
endemismo, e uma espécie é endêmica do Paraguai (Butia marmorii) (ESLABÃO et al., 
2017). As palmeiras estão entre os primeiros grupos de plantas a receber atenção sobre 
os riscos de perigo de extinção (MOORE, 1979) e a ter planos de ação de conservação 
(JOHNSON, 1996). O interesse na conservação de palmeiras é devido à importância 
econômica e ecológica da família (BALICK; BECK, 1990). Apesar desta preocupação, 
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1745
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
muitas espécies de palmeiras estão ameaçadas (MOORE, 1979). De todas as espécies 
de Butia, apenas duas espécies estão listadas na IUCN: Butia purpuracens e Butia 
eriospatha (IUCN, 2016), as demais até o momento não eram consideradas ameaçadas. 
No presente estudo, foi possível aplicar os critérios da IUCN principalmente 
em relação aos parâmetros relacionados à distribuição, que podem ser aferidos a 
partir de registros de ocorrência, por meio da estimativa de AOO e EOO. Boa parte 
das espécies categorizadas como Criticamente em Perigo, em Perigo e Vulnerável não 
constam da Lista Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN, 2016). A 
aplicação desses critérios de forma uniforme para todas as espécies do gênero é uma 
abordagem inédita. Além disso, é necessário que dados demográficos de campo e 
de ameaças sejam continuamente levantados em estudos subsequentes de forma 
a definir cada vez mais o estado de conservação e as categorias de ameaça para 
formular planos de ação que sejam cada vez mais efetivos para a conservação e para 
a atenuação do grau de ameaça e mitigação ou supressão das ameaças com o objetivo 
final de que essas espécies possam ser retiradas das listas vermelhas.
3.9 Síntese do estado de conservação
3.9.1 Butia archeri (Quase ameaçada – NT)
Ocorre no Brasil (GO, DF, MG, SP). Tem EOO de 31.963,22 km² e AOO de 
23.249,47 km². Foram encontrados 35 registros em UC. No DF ocorre nas UC: Jardim 
Botânico de Brasília, Parque Nacional de Brasília e Reserva Ecológica do IBGE, porém, 
não fora delas (MARTINS, 2012). Segundo CNCFLORA (2016), se encontra no estado de 
conservação Pouco Preocupante - LC. Martins (2012) trata a espécie como Vulnerável 
– VU para GO. Foi avaliada como Quase Ameaçada, pois não se encaixou nos critérios 
para Vulnerável (IUCN, 2012) e está representada em UC in situ. 
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1746
3.9.2 Butia arenicola (Vulnerável – VU)
Ocorre no Paraguai e Brasil (MS). Tem EOO de 17.748,80 km² e AOO de 11.348,94 
km². Foram encontrados três registros em UC. Gauto et al. (2011) tratam a espécie 
como Menos Preocupante - LC para o Paraguai. Foi avaliada como Vulnerável, pois a 
EOO é menor que 20.000 km², e estimativas indicam fragmentação grave ou presença 
conhecida para menos de 10 localidades; declínio contínuo observado deduzido ou 
previsto em EOO, AOO e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.3 Butia campicola (Vulnerável – VU)
Ocorre no Paraguai e Brasil (MS). Tem EOO 10638,70 km² e AOO 3977,12 km². 
Foram encontrados três registros em UC. Gauto et al. (2011) tratam a espécie para 
o Paraguai como Vulnerável – VU , critério B1a. Foi avaliada como Vulnerável, pois a 
EOO é menor que 20.000 km², e estimativas indicam fragmentação grave, presença 
conhecida para menos de 10 localidades; declínio contínuo observado, deduzido ou 
previsto em EOO, AOO e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.4 Butia capitata (Vulnerável – VU)
Ocorre no Brasil (GO, MG , BA). Tem EOO 11959,31 km² e AOO 9833,14 km². 
Foram encontrados cinco registros em UC. Segundo CNCFLORA (2016) é Vulnerável - 
VU. Foi confirmada como Vulnerável, pois a EOO é estimada em menos de 20.000 km², 
e estimativas indicam declínio contínuo observado, deduzido ou previsto em EOO, 
AOO e qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.5 Butia catarinenses (Criticamente em perigo – CR)
Ocorre no Brasil (RS, SC). Tem EOO 8613,80 km² e AOO 1873,67 km². Foram 
encontrados dois registros em UC. Segundo a FZB (2016), está Criticamente em perigo – 
CR no estado. Foi avaliada como Vulnerável, pois a EOO é menor que 20.000 km²; a AOO 
é menor que 2.000 km² e estimativas indicam declínio contínuo observado, deduzido 
ou previsto em EOO, AOO e área, extensão e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012).
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1747
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
3.9.6 Butia eriospatha (Vulnerável – VU)
Ocorre no Brasil (RS, SC, PR). Tem EOO 11718,27 km² e AOO 8445,84 km². Foi 
encontrado um registro em UC no Parque Estadual das Araucárias em SC. Segundo 
CNCFLORA (2016), é Vulnerável – VU. Segundo a FZB (2016), está Criticamente em 
perigo – EN no RS. Foi avaliada como Vulnerável (Tabela 3), pois a EOO estimada é 
menos de 20.000 km², e estimativas indicam pelo menos declínio contínuo observado, 
deduzido ou previsto em EOO, AOO e qualidade do habitat (IUCN, 2012).
3.9.7 Butia exilata (Criticamente em perigo – CR)
Ocorre no Brasil (RS), sendo endêmica e restrita a uma pequena área. Tem 
EOO 553,44 km² e AOO 17,29 km². Sem registros em UC. Segundo FZB (2016), está 
Criticamente em Perigo – CR. Foi avaliada como Criticamente em Perigo, pois apresenta 
redução da população observada, estimada, inferida ou suspeita maior ou igual a 
90%, ao longo dos últimos 10 anos ou de três gerações, com suas causas claramente 
reversíveis e compreendidas com base em observações diretas em trabalho de campo 
e um declínio na AOO, da EOO e qualidade do habitat. Tamanho da população estimada 
em menos de 250 indivíduos maduros e declínio contínuo observado, projetado 
ou inferido, no número de indivíduos maduros e pela estrutura populacional com 
nenhuma subpopulação com mais de 50 indivíduos maduros (IUCN, 2012). 
3.9.8 Butia exospadix (Em Perigo– EN)
Ocorre no Paraguai e Brasil (MS). Tem EOO 5037,15 km² e AOO 1211,76 km². 
Foram encontrados sete registros em UC. Segundo Gauto et al. (2011), encontra-se 
Vulnerável – VU no Paraguai. Foi avaliada como em Perigo de extinção - EN, com EOO 
estimada em menos de 5.000 km², indicando pelo menos declínio contínuo observado, 
deduzido ou previsto em EOO, AOO e/ou qualidade do habitat; AOO em menos de 
500 km², e estimativas indicando ao menos declínio contínuo observado reduzido ou 
previsto em EOO, AOO e área, extensão e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1748
3.9.9 Butia lallemantii (Em Perigo – EN)
Ocorre no Uruguai e Brasil (RS). Tem EOO 1064,58 km² e AOO 4299,14 km². 
Sem registros em UC. Segundo a FZB (2016), está Criticamente em perigo – CR. Foi 
avaliada como em Perigo de Extinção, pois a distribuição geográfica sob a forma de 
EOO é estimada em menos que 5.000 km², e estimativas indicam declínio contínuo 
observado, deduzido ou previsto em EOO; AOO e área, extensão e/ou qualidade do 
habitat (IUCN, 2012).
3.9.10 Butia lepidotispatha (Vulnerável – VU)
Ocorre no Paraguai e Brasil (MS). Tem EOO 3962,65 km² e AOO 9282,98 km². Foram 
encontrados 13 registros em UC. Foi avaliada como Vulnerável, com EOO estimada em 
menos de 20.000 km², e estimativas indicam pelo menos declínio contínuo observado,deduzido ou previsto em EOO, AOO e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012).
3.9.11 Butia leptospatha (Criticamente em perigo – CR)
Ocorre no Paraguai e Brasil (MS). Espécie extremamente rara, tem EOO de 
4778,29 km². Sem registros em UC. Segundo CNCFLORA (2016), está Em Perigo - EN. Foi 
avaliada como Criticamente em Perigo de extinção, pois há redução da população com 
base em redução observada, estimada, inferida, projetada ou suspeita de perda maior 
ou igual a 80%, ao longo de 10 gerações, em que o período de tempo inclua tanto o 
passado e o presente, quanto o futuro, e essa diminuição ou suas causas possam não 
ter terminado ou possam não ser compreendidas ou possam não ser reversíveis, com 
base no declínio da AOO, da EOO e/ou da qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.12 Butia marmorii (Em Perigo – EN)
Endêmica do Paraguai, tem EOO 1295.53 km² e AOO 81.66 km². Sem registros 
em UC. Segundo Gauto (2017), no Paraguai está Criticamente em Perigo– CR, seguindo 
critério B1ab (i,ii,iii,iv,v). Foi avaliada como em Perigo de Extinção, com EOO em menos 
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1749
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
de 5.000 km², e declínio contínuo observado, deduzido ou previsto em EOO, AOO e/ou 
qualidade do habitat; AOO em menos de 500 km², e estimativas indicando ao menos 
declínio contínuo observado reduzido ou previsto em EOO, AOO e área, extensão e/ou 
qualidade do habitat (IUCN, 2012).
3.9.13 Butia matogrossensis (Vulnerável – VU)
Ocorre no Brasil (MS, GO). Tem EOO 7050,88 km² e AOO 11271,91 km². Sem 
registros em UC. Avaliada como Vulnerável, com EOO estimada em menos de 20.000 
km², e estimativas indicando pelo menos fragmentação grave ou presença conhecida 
em menos de 10 localidades; declínio contínuo observado, deduzido ou previsto em 
EOO, AOO e qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.14 Butia microspadix (Vulnerável – VU)
Ocorre no Brasil (PR, SP). Tem EOO 6081,12 km2 e AOO 1298,16 km². Segundo 
CNCFLORA (2016), se encontra Vulnerável - VU. Possui seis registros em UC. Avaliada 
como Vulnerável, pois EOO é estimada em menos de 20.000 km², e estimativas indicam 
pelo menos declínio contínuo observado, deduzido ou previsto em EOO, AOO e/ou 
qualidade do habitat; AOO menor que 2.000 km², e estimativas indicam ao menos 
fragmentação grave ou presença conhecida em não mais que 10 áreas; declínio 
contínuo observado, deduzido ou previsto em EOO, AOO e área, extensão e qualidade 
do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.15 Butia odorata (Vulnerável – VU)
Ocorre no Uruguai e Brasil (RS). Tem EOO 13910,83 km² e AOO 8293,12 km². 
Segundo FZB (2016), está em Perigo – EN. Possui três registros em UC. Avaliada 
como vulnerável, pois há redução do tamanho da população com base na população 
observada, estimada, inferida ou suspeita de ao menos 50%, nos últimos 10 anos ou 
três gerações, com causas claramente reversíveis e compreendidas e já terminadas, 
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1750
com base em observação direta; declínio da AOO, da EOO e qualidade no habitat e 
níveis de exploração reais ou potenciais. A EOO é menor que 20.000 km², e estimativas 
indicam pelo menos declínio contínuo observado deduzido ou previsto em EOO, AOO 
e extensão e qualidade do habitat (IUCN, 2012).
3.9.16 Butia paraguayensis (Vulnerável – VU)
Ocorre na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil (MS, MG, SP, PR, RS). Tem 
EOO 77756,57 km² e AOO 36475,84 km². Segundo Gauto et al. (2011), encontra-se 
em estado Pouco Preocupante – LC no Paraguai. Segundo CNCFLORA (2016), está em 
estado Pouco Preocupante – LC no Brasil e está avaliada como criticamente em perigo 
- CR no RS (FZB, 2016). Possui oito registros em UC. Avaliada como vulnerável, pois há 
redução do tamanho da população com declínio da AOO, da EOO e/ou da qualidade 
do habitat e níveis de exploração reais ou potenciais (IUCN, 2012).
3.9.17 Butia poni (Criticamente em perigo – CR)
Ocorre na Argentina e Brasil (MS). Tem EOO 9497.75 km² e AOO 00,51 km². As 
populações não alcançam 100 plantas e a espécie é extraída para comercialização 
como ornamental (DEBLE et al., 2017). Avaliada como Criticamente em Perigo, pois a 
AOO é menor que 10 km², e estimativas indicam fragmentação grave ou presença de 
situação de ameaça; declínio contínuo observado, deduzido ou projetado em EOO; 
áreas de ocupação e área, extensão e qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.18 Butia pubispatha (Dados Deficientes - DD)
Espécie rara no Brasil (PR). Considerada com Dados Deficientes (DD), pois 
informações para avaliação direta ou indireta do risco de extinção são insuficientes, 
com base na distribuição e/ou em seu estado populacional (IUCN, 2012). Conforme 
Parsons (2016), espécies DD estão frequentemente entre as mais prováveis de serem 
ameaçadas, pois a abundância delas é baixa e os avistamentos são raros, tornando 
difícil estimar seus números ou determinar estatisticamente tendências populacionais.
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1751
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
3.9.19 Butia purpurascens (Criticamente em perigo – CR)
Ocorre no Brasil (GO, MG). Tem EOO 10101,32 km² e AOO 1645,17 km². Sem 
registros em UC. Segundo a IUCN (2017), é Vulnerável - VU e, conforme CNCFLORA 
(2016), em Perigo – EN no Brasil. Avaliada como Criticamente em Perigo, pois há 
redução crítica da população com base em redução observada, estimada, inferida 
ou suspeita maior ou igual a 90%, ao longo dos últimos anos ou três gerações, com 
causas claramente reversíveis e compreendidas e já terminadas, com base em 
observação direta; declínio da AOO, da EOO e/ou da qualidade do hábitat e níveis 
de exploração reais ou potenciais. Distribuição geográfica de EOO menor que 100 
km², e estimativas indicam pelo menos fragmentação grave ou presença conhecida 
em uma situação de ameaça; declínio contínuo observado, inferido, ou projetado 
em EOO; AOO e área, extensão e/ou qualidade de habitat. AOO estimada menor 
que 10 km², e fragmentação grave ou presença conhecida em uma única situação 
de ameaça; declínio contínuo observado, deduzido ou projetado em EOO; áreas de 
ocupação e área, extensão e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.9.20 Butia witeckii (Criticamente em perigo– CR)
Endêmica do Brasil (RS). Sem registros em UC. Segundo FZB (2016), está 
Criticamente em Perigo – CR. Avaliada como Criticamente em Perigo, apresenta 
redução do tamanho da população baseada em redução observada, estimada, inferida 
ou suspeita maior ou igual a 80% em 10 anos ou três gerações, onde o período de 
tempo inclui passado e futuro, e a redução das causas pode não ser cessada ou pode 
não ter sido entendida ou pode não ser reversível, baseando-se em uma redução da 
AOO, extensão de presença e ou qualidade do habitat (IUCN, 2012).
3.9.21 Butia yatay (Vulnerável – VU)
Ocorre na Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil (RS). Tem EOO 16563,84 km² e 
AOO 16237,90 km². Segundo CNCFLORA (2016), está Vulnerável – VU e no RS encontra-
se em Perigo – EN (FZB, 2016). Um registro em UC no Parque Nacional El Palmar, 
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1752
Argentina. Avaliada como Vulnerável, pois a EOO é menor que 20.000 km², e estimativas 
indicam pelo menos declínio contínuo observado deduzido ou previsto em EOO, AOO 
e/ou qualidade do habitat (IUCN, 2012). 
3.10 Prioridades para conservação e uso sustentável da biodiversidade
Devido à intensa velocidade de alteração dos ecossistemas naturais e a 
escassez de recursos disponíveis para a conservação biológica, a definição de 
prioridades para conservação é fundamental para a alocação eficiente de esforços e 
recursos conservacionistas (FIGUEREDO, 2006). Butia arenicola, Butia campicola,Butia 
exospadix, Butia lepidotispatha, Butia marmorii e Butia paraguayensis co-ocorrem em 
áreas com maior prioridade para conservação, sendo Butia marmorii endêmica do 
Paraguai. Butia lepidotispatha se encontra em duas áreas de maior prioridade para 
conservação. Espécies como Butia witeckii e Butia capitata são também prioritárias 
para conservação (Tabela 1). A Região Centro-Oeste do Brasil, mais especificamente 
o MS, e o leste do Paraguai, são os principais centros de diversidade e endemismos 
de Butia. Nessas regiões podem ser encontradas dez espécies: Butia arenicola, Butia 
campicola, Butia exospadix, Butia lepidotispatha, Butia leptospatha, Butia marmorii, 
Butia matogrossensis, Butia paraguayensis, Butia poni e Butia pubispatha, sendo Butia 
marmorii endêmica do Paraguai e Butia matogrossensis do Brasil. 
O estudo atual permite reconhecer prioridades para a conservação in situ, 
por meio da proposição de reservas onde ocorre maior diversidade do gênero e 
endemismos. O objetivo da indicação dessas prioridades é preservar a maior diversidade 
de espécies e endemismos no menor número de unidades, prioritariamente onde 
ainda não existam UC. Por esse motivo, a Figura 1 exemplifica regiões prioritárias 
para o estabelecimento de novas UC in situ, considerando apenas registros fora de 
unidades. O estado do Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste do Brasil, foi indicado 
como prioritário para conservação, pois além de apresentar alta diversidade e riqueza 
em número de espécies e endemismos, vem sofrendo com a antropização (expansão 
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1753
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
da população urbana, pastagens e monoculturas) (LORENZI, 2010; CNCFLORA, 2016). 
No estado do Mato Grosso do Sul, existem poucas UC, as espécies desta região são 
caracterizadas por apresentarem porte baixo e são carentes de estudos, pois muitas 
são conhecidas apenas dos protólogos. No presente estudo, algumas destas espécies, 
como Butia campicola, Butia exospadix, Butia matogrossensis e Butia pubispatha, tiveram 
identificados o estado de conservação e critério de ameaça pela primeira vez. 
3.11 Prioridades não conservadas
Os dados abrangeram cerca de 100 registros únicos (não sobrepostos) para 19 
espécies fora de UC. Sete espécies das quais não ocorrem em nenhuma UC (Butia 
exilata, Butia lallemantii, Butia leptospatha, Butia marmorii, Butia matogrossensis, 
Butia purpurascens e Butia witeckii), duas espécies em Perigo (Butia lallemantii e Butia 
marmorii) e uma espécie Vulnerável (Butia matogrossensis). O sul de Goiás, oeste de 
Mato Grosso do Sul e leste do Paraguai são as áreas com o maior número de espécies 
ameaçadas. Essas áreas apresentaram as espécies Butia arenicola, Butia campicola, 
Butia lepidotispatha, Butia leptospatha, Butia matogrossensis, Butia paraguayensis, Butia 
purpurascens e Butia yatay. Nenhuma das espécies indicadas como prioridades para 
conservação se encontram em UC. As áreas onde ocorrem se encontram sob várias 
pressões de antropização (Tabela 3). 
3.12 Espécies prioritárias para conservação
A conservação ex situ de espécies ameaçadas tem constituído, nas últimas 
décadas, uma das funções mais importantes dos bancos de germoplasma. As coleções 
de germoplasma de jardins botânicos e outras instituições armazenam dados e técnicas 
de cultivo e promovem custódia protetora, como estratégia para garantir que espécies 
possam ser reintroduzidas e continuem a sobreviver em seus habitats (PRIMACK; 
MASSARDO, 2001). Butia exilata foi observada a campo, onde as populações são escassas 
e encontradas na beira de estrada, contendo um reduzido número de indivíduos. 
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
 | Prioridades para a conservação de Butia (Arecaceae) 1754
Segundo Deble (2011), pressões antrópicas, como a agricultura e expansão urbana, 
afetam diretamente esta área. Butia purpurascens, outra espécie observada a campo, é 
vítima de exploração predatória das folhas, o que pode causar a morte dos indivíduos. 
Marcato (2004), Lorenzi (2010) e Martins (2012) descrevem que a espécie é usada para 
confecção de vassouras. A extração das folhas é intensa e algumas populações têm 
a aparência alterada, fato registrado em campo. Butia witeckii se encontra ameaçada 
pelas atividades agrícolas e pecuária (SOARES, 2009). Butia leptospatha é seriamente 
ameaçada pelo avanço das plantações de soja (LORENZI, 2010). Devido à conversão da 
vegetação nativa em lavouras na região de ocorrência, o habitat está declinando em 
área e qualidade, e a espécie sofre um declínio no número de indivíduos maduros e 
as subpoplulações remanescentes são pequenas e isoladas (CNCFLORA, 2016). Butia 
lallemantii forma grandes colônias hemisféricas copulares, o que pode ser aproveitado 
no paisagismo (LORENZI, 2010), porém é quase desconhecida fora da área natural de 
ocorrência e está muito ameaçada pela expansão de lavouras de soja e monoculturas 
de árvores exóticas (SOARES, 2013). Butia marmorii e Butia matogrossensis encontram-
se seriamente ameaçadas pelo avanço da soja (LORENZI, 2010). A maioria do habitat 
original já foi convertido em monoculturas exóticas (GAUTO, 2017). 
4 CONCLUSÕES
O trabalho avaliou o estado de conservação das espécies e respectivos critérios 
de ameaça. A partir desses dados e da distribuição geográfica foram propostas 
prioridades para conservação in situ e espécies prioritárias para a conservação ex 
situ. Onze espécies foram avaliadas como vulneráveis (VU). Cinco espécies estão 
Criticamente em perigo (CR). Três espécies estão em Perigo (EN). Uma espécie foi 
considerada quase ameaçada de extinção (NT). Uma espécie não foi avaliada, pois 
apresentou dados insuficientes (DD). Foram reconhecidas oito áreas prioritárias para 
conservação in situ e sete espécies foram priorizadas para conservação ex situ.
 Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. | 1755
Ci. Fl., Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, out./dez. 2022
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à CAPES, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento 
Científico e Tecnológico - CNPq (453908/2014-4, 441493/2017-3), à FAPERGS, à 
Embrapa (MP6 - Uso e conservação do butiazeiro na agricultura familiar), e à Sema/
RS (Rota dos Butiazais: fortalecendo a cadeia produtiva do butiá para geração de 
renda e conservação de ecossistemas), pelo auxílio financeiro e ao Projeto “Rota dos 
Butiazais - fortalecimento da cadeia produtiva do butiá associada à recuperação da 
vegetação nativa em Encruzilhada do Sul”, que é financiado pelo Fundo Global para o 
Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração 
e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), 
coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), ao Banco Interamericano de 
Desenvolvimento (BID), como agência implementadora e ao Fundo Brasileiro para 
a Biodiversidade - FUNBIO como agência executora. GH também agradece ao CNPq 
pela bolsa de produtividade em pesquisa (PQ2 314590/2020-0).
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Contribuição de Autoria
1 Marcelo Piske Eslabão
Biólogo, Me., Doutorando em Agronomia
https://orcid.org/0000-0002-2383-8020 • marceloesl7@gmail.com
Contribuição: Conceituação, Curadoria de dados, Análise Formal, Investigação, 
Metodologia, Visualização de dados (Tabelas, Figuras), Escrita – primeira redação, 
Escrita – revisão
2 Paulo Eduardo Ellert-Pereira
Biólogo, Dr.
https://orcid.org/0000-0002-4878-8082 • pauloellert@yahoo.com.br
Contribuição: Curadoria de dados, Escrita – revisão
3 Rosa Lía Barbieri
Bióloga, Dra., Pesquisadora
https://orcid.org/0000-0001-8420-9546• lia.barbieri@embrapa.br 
Contribuição: Obtenção de financiamento, Investigação, Administração do projeto, 
Recursos, Supervisão, Escrita – revisão
4 Gustavo Heiden
Biólogo, Dr., Pesquisador
https://orcid.org/0000-0002-0046-6500 • gustavo.heiden@embrapa.br
Contribuição: Conceituação, Curadoria de dados, Obtenção de financiamento, 
Investigação, Metodologia, Recursos, Supervisão, Escrita – primeira redação, Escrita – 
revisão
Como citar este artigo
Eslabão, M. P.; Ellert-Pereira, P. E.; Barbieri, R. L.; Heiden, G. Prioridades para a conservação 
de Butia (Arecaceae). Ciência Florestal, Santa Maria, v. 32, n. 4, p. 1733-1758, 2022. DOI 
10.5902/1980509838770. Disponível em: https://doi.org/10.5902/1980509838770.
https://orcid.org/0000-0002-2383-8020
https://orcid.org/0000-0002-4878-8082
https://orcid.org/0000-0001-8420-9546
https://orcid.org/0000-0002-0046-6500

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