Projeto Cantão | Fauna e Flora

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JETO CANTテグ FAUNA & FLORA



RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - 2012

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JETO CANTÃO FAUNA & FLORA


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PROJETO CANTÃO - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - 2012


Corpo Dirigente: Diretora Geral Kelen Beatris Lessa Mânica Coordenadora de Ensino e do Núcleo de Apoio Educacional Parcilene Fernandes de Brito Assessora do Núcleo de Atendimento Educacional e Pesquisadora Institucional Diêmy Sousa Freitas Coordenadora de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão Conceição Aparecida Previero Assessoria da Direção Geral Sinara Goiás de Paiva Assessoria Administrativa José Francisco Pereira de Castro Assessoria de Comunicação Social Gláucia Aparecida Mantovani Yepes Assessor Jurídico Josué Pereira de Amorim Secretaria Geral Shirley Silvia Borges de Oliveira Capelão Pastor Ari Schulz


FICHA TÉCNICA Fomento Convênio Nº 01.06.0378.00/2006 ESTRUTURANTE/FINEP/SECT Realização CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE PALMAS Descrição Relatório fotográfico de subsídio ao desenvolvimento de um Portal a partir da definição de uma ontologia para o domínio “Fauna e Flora” do Parque Estadual do Cantão. Equipe Técnica Naturatins: Ângela Freitas Barbosa CEULP/ULBRA: Conceição Aparecida Previero Deise Laiz dos Santos Fabiano Fagundes Hugo Victor de Menezes Parente Irenides Teixeira Jackson Gomes de Souza Maria de Fátima Rocha Medina Mênfis Bernardes Alves Parcilene Fernandes de Brito Pedro Heber Estevam Ribeiro Pedro Henrique Campelo

Conceição Aparecida Previero Deise Laiz dos Santos Pedro Henrique Campelo Fotos Ilustrativas Ângela Freitas Barbosa Irenides Teixeira Vladimir Alencastro Feitosa Projeto Gráfico Paulo André Borges Pereira Direção de Arte Assessoria de Comunicação Social - CEULP/ULBRA

Julho de 2012

Edição


ÍNDICE

O Ã Ç A T N ESE

R P A 07 A N U A F 08 A R O L F 38 F F O G N I K A M 61


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PROJETO CANTÃO - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - 2012


APRESENTAÇÃO O Parque Estadual do Cantão (PEC), o primeiro parque estadual do Tocantins, é uma das áreas protegidas mais importantes da Amazônia brasileira. A significância desse parque fundamenta-se em quatro pontos principais: a riqueza biológica (em diversidade e em altas populações de algumas espécies em vias de extinção), o bom estado de preservação, a função que ele exerce como recurso crítico para a alimentação e reprodução de populações de peixe do médio Araguaia, além da facilidade de acesso. O PEC encontra-se na região centro-oeste do Estado do Tocantins e faz divisa com o Estado do Pará, a uma distância de 260 km de Palmas. Ele está situado ao norte da grande planície aluvial que é a Ilha do Bananal a qual limita-se com o Parque Nacional do Araguaia, formando assim um conjunto de unidades de conservação com mais de 700.000 ha. A área do PEC abrange a continuação da planície aluvial da Ilha do Bananal e situa-se entre os rios Araguaia, Javaés e Coco (Tangará, 2000). A riqueza biológica do parque deve-se ao fato de que o Cantão, formado como delta interior do Rio Javaés, com mais de 800 lagos e canais, é um ecótono complexo com elementos da Floresta Amazônica, do Cerrado, do Pantanal e da Mata Atlântica. No PEC foram identificadas 44 espécies de mamíferos, 316 espécies de aves, 22 espécies de répteis, 17 espécies de anfíbios, 56 espécies de peixes de valor comercial ou esportivo e 134 espécies de plantas vasculares. Por entendermos a importância e a dimensão de educar ambientalmente a sociedade, em especial os moradores do entorno do PEC, é que durante a realização do Projeto “Desenvolvimento sustentável no Parque Estadual do Cantão e Entorno” foi criada a presente publicação. Este relatório fotográfico apresenta o levantamento de espécies do subprojeto disponível no Portal (www.ulbra-to.br/cantao) a partir da definição de uma ontologia para o domínio “Fauna e Flora” do Parque Estadual do Cantão.


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FAUNA No PEC há diversas espécies de animais. Algumas delas, inclusive, estão ameaçadas de extinção fora do parque, como é o caso da Harpia (Harpia harpyja) e do Cervo do Pantanal (Blastocerus dichotomus). Também é possível destacar a presença do Chororó-do-Tocantins (Cercomacra ferdinandi), endêmico Araguai-Tocantins, e uma espécie que esteve à beira da extinção, o Jacaré-açu (Melanosuchos niger). Estima-se que os igapós ocupem 27%, ou 24.000 hectares do PEC. Durante a seca, o sub-bosque é aberto e o igapó exibe uma estrutura clássica de "catedral" que oferece oportunidades para visualização da fauna terrestre. Devido à abundancia de ambientes aquáticos, é observada a ocorrência de diversos répteis aquáticos como o jacaré-açu, jacaretinga algumas espécies de quelônios que usam as praias da região para depositar seus ovos. O local também é utilizado como ponto de alimentação de peixes ovados durante a piracema, quando cardumes do rio Araguaia se deslocam até às florestas alagadas do parque para se alimentar. Por efeito das enchentes, a fauna terrestre das ilhas é dominada por insetos e aves. Quanto à avifauna, é a mais rica em número de espécies, se comparado com os demais grupos de vertebrados. Elas demonstram uma especificidade alta de habitat, com estruturas distintas em cada comunidade natural, evidenciando ambiente heterogêneo e organizado em sistemas distintos. As espécies mais características do PEC são patos (Anatidae), garças (Ardeidae), martimpescador (Alcedinidae). Outras espécies comuns são a cigana, o biguá (Phalacrocorax brasilianus), a biguatinga (Anhinga anhinga), a anhuma (Anhinga comuta) e a águia pescadora (Pandion haliaetus). Segundo o plano de manejo do PEC sabe-se a identificação de 178 espécies de aves nas ilhas, das quais 29% foram encontrados exclusivamente no local, tornando-se essa comunidade a mais rica em espécies do Cantão. São especialmente abundantes na seca as aves aquáticas, como o jaburu (Jabiru mycteria), o colheireiro (Platalea ajaja) e a gaivota (Sterna superciliaris). E as aves típicas de campos abertos, como pardais (Sporophilia sp.) e de aves de ambientes ribeirinhos e ilhas, como o pato-ganso (Neochen jubata), o chororó-do-bananal (Cercomacra ferdinandi) e o João-doaraguaia (Synallaxis simoni). Essas últimas duas espécies são endêmicas das ilhas do Araguaia na região do Cantão/Ilha do Bananal. Os dados foram coletados em visitas técnicas, realizadas nos dias 26, 27 e 28 de setembro de 2008; 14 de agosto, 06 e 13 de setembro, 17 de outubro de 2009; 19 e 20 de novembro de 2011 e 15, 16, 17 30 e 31 de março de 2012. O levantamento faunístico teve como objetivo o reconhecimento e a análise de parte das espécies existentes no PEC.


Descrição: Apresenta três subespécies: Celeus torquatus torquatus, Celeus torquatus occidentalis e Celeus torquatus tinnunculus. Ocorre em matas de terra firme e de várzea, matas de galeria, matas secundárias e clareiras e na Mata Atlântica da Bahia, onde a forma C.t. tinnunculus encontra-se ameaçada de extinção, devido a retirada das florestas. Preda cupinzeiros arborícolas, seguindo bandos mistos, solitário, aos pares ou em grupos familiares de até cinco indivíduos. Observação pessoal: No PEC o registro foi realizado em mata de galeria. A foto retrata um indivíduo jovem (lado esquerdo) e uma fêmea (lado direito). Ambos alimentavam-se de cupins arborícolas.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Picidae (Leach, 1820) Nome científico: Celeus torquatus (Boddaert, 1783) Nome popular: Pica-pau-de-coleira Coordenada geográfica: Elev. 574 ft S 09°18.750' W049°57.666'

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Descrição: Esta espécie está restrita ao Brasil Central, ao redor da Ilha do Bananal encontrada em matas de galeria ao longo dos rios e lagos. Localmente, é a única espécie do gênero. Trata-se de uma espécie pouco estudada na natureza. Está ameaçada de extinção pela perda e degradação de seu habitat. A espécie é endêmica da bacia do Araguaia-Tocantins, e depende de habitats criados pela água ao longo de rios da bacia. Observação: A espécie foi registrada na margem do Rio do Coco, em área que é sujeita a inundação na época das chuvas. Seu canto pode ser freqüentemente ouvido nas margens do Rio.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Thamnophilidae (Swainson, 1824) Nome científico: Cercomacra ferdinandi (Swainson, 1824) Nome popular: Chororó-de-Goiás/Tocantins Coordenada geográfica: Elev. 589 ft S 09°18.335' W049°57.605'


Descrição: Espécie bastante ativa, ao contrário de seus parentes de índole mais fleumática. Pousa em galhos secos altaneiros, de onde arremete em vôos acrobáticos contra insetos alados, retornando a seguir em vôo planado, ao mesmo local. Tal comportamento é semelhante ao do tiranídeo Tyrannus melancholicus, (Suiriri-comum), cujo canto também se assemelha. Pousado no solo pode lembrar uma andorinha (Hirundinidae) pela combinação das asas longas, cauda e pernas curtas. Habitam áreas florestadas em solos arenosos, matas de terra firme, matas de galeria, a Mata Atlântica, matas secas, clareiras, capoeiras e beiras de estrada. Vive solitário em pares ou pequenos grupos de três a seis indivíduos.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bucconidae (Horsfield, 1821) Nome científico: Chelidoptera tenebrosa (Pallas, 1782) Nome popular: Urubuzinho, Taterá, Miolinho, etc. Coordenada geográfica: Elev. 571ft S09°18. 730' W049°57. 656'

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Descrição: Apresenta seis subespécies: Nystactes tamatia tamatia, Nystactes tamatia hypneleus, Nystactes tamatia inexpectatus, Nystactes tamatia interior, Nystactes tamatia pulmentum e Nystactes tamatia punctuliger. Espécie inconspícua encontrada nas copas de matas alagadas, igapós, matas de várzea, palmais, matas de galeria e áreas abertas, mas que evita o interior de matas fechadas. Possui dieta mista à base de frutos e artrópodes, e segue correições. Observação Pessoal: Localizada de maneira bastante discreta e quase imperceptível. A espécie foi registrada em área aberta nas proximidades das trilhas da Unidade.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bucconidae (Horsfield, 1821) Nome científico: Bucco tamatia (Gmelin, 1788) Nome popular: Rapazinho-carijó, Macuru e Rapazinho-dos-velhos Coordenada geográfica: Elev. 570ft S09°18.771' W049°57.655'


Descrição: Endêmico do Brasil Central em matas de galeria, cerrados e cerradões e em matas secas intercaladas por campos sujos e savanas. Consta que consome flores de ipês no cerrados. Sofre com a destruição criminosa de nossos cerrados para a produção de soja, milho e outros cereais, pela expansão desordenada da pecuária e provavelmente pela caça desapiedada. Observação pessoal: A presença da espécie no Parque evidencia os fragmentos do Pantanal característicos da transição de biomas da Unidade. A espécie consta na Lista de Aves Ameaçadas do Brasil. Está praticamente extinto, fora da planície do Pantanal, devido à caça e alteração do ambiente florestal onde vive.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Cracidae (Rafinesque, 1815) Nome científico: Penelope ochrogaster (Pelzeln, 1870) Nome popular: Jacu-de-barriga-castanha Coordenada geográfica: Elev. 571ft S09°18.730' W049°57.656'

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Descrição: É comum em águas interiores e na orla marítima e também ocorre em rios, lagos, banhados, açudes, represas estuários, manguezais e nas cidades em parques e lagoas. Grande mergulhador persegue peixes e crustáceos sob a água, engolindo peixes inteiros, mesmo os grandes cascudos, Pimelodus. Observação Pessoal: Espécie bastante comum e conhecida no Parque e região. Um excelente mergulhador que não se contenta com os peixes da superfície, mergulhando para alcançar suas presas.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Phalacrocoracidae Nome científico: Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) Nome popular: Biguá Coordenada geográfica: Elev. 584ft S09° 18.567' W09° 57.729'


Coordenada geográfica: Elev. 598ft S09° 18.663 W049° 57.622

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Thamnophilidae (Swainson, 1824) Nome científico: Thamnophilus pelzelni (Hellmayr, 1924) Nome popular: Choca-do-planalto

Descrição: Ocorrem no Brasil Centro-oriental em matas secas, caatingas e matas de cipó. Pode ser sintópica com T. caerulescens, da qual difere pela plumagem mais pálida nos machos. Já a fêmea da presente espécie apresenta o dorso ruivo e não marrom como naquela. Observação pessoal: A foto registra uma fêmea da espécie. Sua vocalização pode ser ouvida com facilidade nas matas do PEC.

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Descrição: Espécie residente e inconfundível é característica de praias fluviais de todo país, ao longo dos rios florestados e também na orla marítima quando está fora do período reprodutivo. Durante a maior parte do dia, descansa na areia quente das praias fluviais em bandos numerosos. Nidificam em colônias com duzentos pares ou mais, chocando seus ovos diretamente sobre a areia aquecida da praia ao lado de colônias de trinta-réis-anões (Sternula superciliaris) e talha-mares (Rynchops niger). Chocam de 1 a 2 ovos fortemente maculados. Ovos e filhotes são freqüentemente predados por aves de rapina, iguanas, serpentes e até por humanos, como acontece com o curiango (Chordeiles rupestris).

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Sternidae Nome científico: Phaetusa simplex (Gmelin, 1789) Nome popular: Trinta-réis-grande Coordenada geográfica: Elev. 173m S 09° 14. 360' W 049º 58. 476'


Descrição: Espécie das mais elegantes da Amazônia freqüenta a margem das matas ripárias ribeirinhas ao longo de córregos e igarapés, matas de galeria e matas paludosas e também as bordas de lagos e alagados adjacentes. Consome todo tipo de presas de hábitos aquáticos ou semi-aquáticos. Aproxima-se sorrateiramente com o pescoço recolhido, desferindo sua bicada certeira. Ave mansa e confiada permanece imóvel e camuflada sobre a galhada ribeirinha. Aparece, porém, às vezes, em igapós inundados e abertos, solitário ou aos pares. Observação pessoal: A espécie ainda não tinha sido registrada na Unidade e também representa um registro importante no Estado do Tocantins devido a um número reduzido de registros da espécie.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Ardeidae (Leach, 1820) Nome científico: Zebrilus undulatus (Gmelin, 1789) Nome popular: Socoí zigue-zague Coordenada geográfica: Elev.563ft S09°18.675' 049°57.618'

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Descrição: Garça amazônica multicolorida e de bico muito longo, mas com pernas curtas. O imaturo apresenta cores mais singelas que o adulto. Freqüenta a borda de florestas, a mata de galeria, matas ciliares na beira de lagoas e rios. Apresenta dieta piscívora. Esta ave demonstra hábitos furtivos e solitários, voando curtas distâncias quando fica assustada ou é surpreendida empoleirada na galharia da vegetação marginal ribeirinha. Observação pessoal: Registrada em mata ciliar no momento em que estava em busca de alimento. A espécie permaneceu imóvel por alguns segundos e em seguida realizou vôo curto para uma galhada próxima ao rio, continuando sua busca por alimento.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Ardeidae (Leach, 1820) Nome científico: Agamia agami (Gmelin, 1789) Nome popular: Garça-da-mata, Socó-beija-flor, Garça-da-Guiana e Garça-beija-flor. Coordenada geográfica: Elev.173m S 09° 14. 360' W 049° 58.476'


Descrição: Uma das mais elegantes espécies de garças brancas que freqüenta a margem das matas ripárias ribeirinhas, matas de galeria e bordas de lagos, e praticamente todos os tipos de ambientes aquáticos deste País. Consome todo o tipo de presas de hábitos aquáticos ou semi-aquáticos. Durante os meses de enchente nos rios amazônicos, realiza deslocamentos sazonais, tornando-se abundante em certos locais. Observação pessoal: A espécie é abundante no Parque e pode ser encontrada facilmente nas margens dos Rios do Coco, Javaés e Araguaia.

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FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Ardeidae (Leach, 1820) Nome científico: Ardea alba (Linnaeus, 1758) Nome popular: Garça-branca-grande Coordenada geográfica: Elev. 185m S 09º 54. 565' W 049° 50.292'

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Descrição: Ave das mais elegantes da Amazônia freqüenta a margem das matas ripárias ribeirinhas, matas de galeria e bordas de lagos. Consome todo tipo de presas de hábitos aquáticos ou semiaquáticos e até borboletas que pousam em bandos nas praias de areia. Ave mansa e confiada permanece imóvel sob a galhada ribeirinha, permanecendo camuflada. Aparece, porém, às vezes em praias fluviais aberta, solitária ou aos pares. Ameaçado, o pavãozinho prefere fugir correndo. Durante os meses de enchente nos rios amazônicos, realiza deslocamentos sazonais, tornando-se abundante em certos locais. Seu ninho consiste em uma plataforma de musgos, barro, grama, matéria vegetal e gravetos compactados sobre galhos baixos, onde o casal incuba dois ovos amarelados com pintas castanhas e cinzentas.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Eurypygidae (Selby, 1840) Nome científico: Eurypyga helias (Pallas, 1781) Nome popular: Pavãozinho-do-pará Coordenada geográfica: Elev:578ft S09°18.683' W049°57.609'


Descrição: Prefere águas interiores com farta vegetação marginal e árvores mortas com troncos secos. Corre agilmente pelas praias dos rios, ao contrário de outros anatídeos que se mostram mais apáticos em terra firme. Periodicamente, vagam de um local para outro, provavelmente em função do fluxo das cheias dos rios. Observação pessoal: A espécie foi registrada as margens do rio Araguaia na Unidade de Conservação e estava acompanhada de dois filhotes.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Anatidae (Leach, 1820) Nome científico: Neochen jubata (Spix, 1825) Nome popular: Pato-corredor Coordenada geográfica: Elev. 169 ft S 09º 18.981' W 049°58.084'

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Descrição: Comum no Brasil Central, na Amazônia e no Pantanal do Mato Grosso, ocorre em cerrados, cerradões, matas de galeria, savanas de cupim, mata de galeria, savanas de cupim, matas secas, varjões com buritirana, mata ripária ribeirinha e ilhas fluviais, matas de várzea e matas secundárias. Vive solitário ou em pequenos grupos. Diferente de outros inhambus prefere áreas mais abertas, onde vocalizam um melodioso “ó-óooó”, interpretado pelos matutos como “eu sou jaó”. As monoculturas da soja e do milho e a caça contínua ameaçam a espécie em certos locais. Observação pessoal: A espécie é bem comum na Unidade podendo ser vista e ouvida com freqüência nas matas do Parque.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Tinamidae (Gray, 1840) Nome científico: Crypturellus undulatus (Temminck, 1815) Nome popular: Jaó, Macucauá e Sururina . Coordenada geográfica: Elev:578ft S09°18.683' W049°57.609'


Cordenada geográfica: Elev. 532ft S 09° 18.694' W 049º 57.654'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Emberizidae (Vigors, 1825) Nome científico: Sicalis columbiana (Cabanis, 1851) Nome popular: Canário-do-Amazonas e Canário-do-campo

Descrição: Espécie semelhante ao Sicalis flaveola (Canário-da-terra-verdadeiro) embora seja um pássaro muito menor. A espécie apresenta distribuição disjunta em cerrados, campinas e nos varjões com buritirana no sudeste do Pará. Freqüenta os terreiros de fazendas aos bandos, bicando a quirera jogada ao solo para as galinhas.

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Descrição: Espécie de grande porte e de grande distribuição amazônica. Vive em florestas úmidas, matas secundárias e matas de galeria, freqüentemente nas copas ou no sub-dossel aos casais, por vezes seguindo bandos mistos. Sua dieta é variada, composta por frutos como coquinhos de palmeiras diversas e por frutos da embaúba (Cecropia sp.), complementada por insetos como esperanças, gafanhotos e besouros. Nidifica em cupinzeiros arborícolas ou em ocos de pau.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Trogonidae (Lesson, 1828) Nome científico: Trogon melanurus (Swainson, 1838) Nome popular: Surucuá-de-cauda-preta Coordenada geográfica: Elev. 593ft S 09º 18.569' W 049° 57.706'


Descrição: Ave típica de bordas de rios com vegetação marginal, matas de galeria e mangues brancos (Avicennia sp.). Apresenta dieta vegetariana folívora, tendo sido alistadas mais de 50 espécies de plantas em sua dieta à base de folhas e umas poucas flores e frutos. Em grupos sociais, alimenta-se pela manhã e ao entardecer em noites enluaradas. Pares monogâmicos procriam auxiliados por até seis ajudantes, normalmente seus filhos jovens de estações anteriores e raramente são polígamos. O ninho consiste em uma plataforma de galhos secos sobre árvores à margem dos rios. Chocam dois ovos. Quando se sente ameaçado, o ninhego pode saltar do ninho, mergulhando na água e ocultando-se sob o tapete da vegetação flutuante até o perigo passar. Escalando a galharia marginal, conseguem subir sozinho novamente para o ninho, auxiliado por seus dedos relictuais presentes no encontro das asas. Atinge a maturidade sexual entre dois a três anos de idade. Durante os meses de seca, alguns grupos mudam de território em função da diminuição do nível das águas dos rios.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Opisthocomidae (Swainson, 1837) Nome científico: Opisthocomus hoazin (Statius Muller, 1776) Nome popular: Cigana e jacu-cigana Coordenada geográfica: Elev. 170 ft S09°18.585' W049°57.777'

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Descrição: Espécie de ampla distribuição no Brasil oriental e na Amazônia. Ambos os sexos distinguem-se de seus congêneres pelos flancos e axilares brancos. Na Amazônia, freqüenta as matas de terra firme, de transição, de várzea e de igapó e, no Brasil oriental, a Mata Atlântica de baixada, matas de tabuleiro e a hiléia baiana. Forrageia nos estratos baixo e médio, em bandos mistos ou em correições de Eciton sp.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Thamnophilidae (Swainson, 1824) Nome científico: Myrnotherula sunensis (Vieillot, 1817) Nome popular: Choquinha-de-flanco-branco Coordenada geográfica: Elev. 598ft S09° 18.663 W049° 57.622


Descrição: Espécie residente inconfundível, característica de praias fluviais de todo o país, ao longo dos rios florestados, e também presente na orla marítima fora do período reprodutivo. Descansa na areia quente das praias fluviais em bandos numerosos. Pesca à noite ou durante o dia, cortando a superfície d'água com a mandíbula aberta. Nidifica em colônias, chocando seus ovos em diretamente sobre a areia aquecida da praia ao lado de colônias de trinta-reis-anões (Sternula superciliaris) e de Phaetusa simplex. Choca de um a dois ovos fortemente maculados.

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Coordenada geográfica: Elev. 173m S 09° 14. 360' W 049º 58. 476'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Charadriidae (Leach, 1820) Nome científico: Vanellus cayanus (Latham, 1790) Nome popular: Batuíra-de-esporão

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Rynchopidae (Bonaparte, 1838) Nome científico: Rynchops niger (Linnaeus, 1758) Nome popular: Talha-mar Coordenada geográfica: Elev. 173m S 09° 14. 360' W 049º 58. 476'

Descrição: Espécie residente inconfundível é característica de praias fluviais de todo o país ao longo dos rios florestados. Nidificam em casais, chocando seus ovos diretamente sobre a areia aquecida da praia ao lado de colônias de trinta-réis (Phaetusa simplex) e talha-mares (Rynchops niger). Chocam um a dois ovos fortemente maculados.


Coordenada geográfica: Elev. 173m S 09° 14. 360' W 049º 58. 476

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Charadriidae (Leach, 1820) Nome científico: Charadrius collaris (Vieillot, 1818) Nome popular: Batuíra-de-coleira

Descrição: Espécie residente pequena e inconfundível é característica de praias fluviais de todo o país, ao longo dos rios e da orla marítima. Nidificam em casais, chocando seus ovos diretamente sobre a areia aquecida da praia, na vegetação rasteira de gramíneas e de ipoméias. Chocam um a dois ovos fortemente maculados.

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Descrição: Lembra o Micrastur ruficollis, porém evita o interior de matas primárias densas, preferindo bordas de matas secas e úmidas, clareiras, matas de galeria, matas mesófilas, zonas rurais, capoeiras e parques em cidades. Vigia pequenos pássaros a partir de poleiros fixos, notavelmente do paujacaré (Piptadenia gonoacantha), mimetizando-se perfeitamente com sua casca. Caça mais em horários de crepúsculo, pássaros pequenos como rolinhas, além de camundongos. Surpreende beijaflores em seus poleiros preferidos, quando estão distraídos arrumando a plumagem ou em banho de sol, emboscando-os previamente.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Accipitridae (Vigors, 1824) Nome científico: Accipiter superciliosus (Linnaeus, 1766) Nome popular: Gavião-miudinho Coordenada geográfica: Elev.171 S09°21. 778' W 049°58.197'


Descrição: Ave pernalta das mais comuns no Pantanal do Mato Grosso e localmente comum em outras regiões, e encontrada nas águas paradas tomadas por tapetes de vegetação flutuante, como aguapés e vitóriasrégias, e em represas, lagos e nas áreas abertas adjacentes. Também ocorrem em banhados, pantanais, brejos, campos e pastos alagados. Com suas pernas longas caminham entre plantas flutuantes em águas profundas, revirando-as para procurar presas aquáticas, especialmente peixes moribundos atulhados em lagoas rasas em tempos de estiagem. Comem carniça ao lado de urubus e planam em correntes térmicas ao lado deles. Seu sistema de reprodução é solitário. Constrói um ninho que pode ser reutilizado e ampliado a cada ano pelo casal, composto de galhos secos sobre árvores elevadas ou sobre frondes de palmeiras isoladas. A fêmea deposita 2 a 3 ovos brancos. O casal incuba os ovos e cuida dos filhotes jovens, que podem ser fortemente predados por humanos e predadores dendrícolas. Sob a ameaça, os pais defendem seu ninho contra invasores, inflando seu papo vermelho e batendo a maxila contra a mandíbula, em um forte matraquear, podendo causar ferimentos graves com seu bico descomunal.

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Família: Accipitridae (Vigors, 1824) Nome científico: Busarellus nigricolis (Latham, 1790) Nome popular: Gavião-belo Coordenada geográfica: Elev. 173m S 09º 20.697' W 049º 59.109'

Descrição: Gavião elegante de áreas úmidas, como brejos, banhados pantanais, mangues, matas de galeria, buritizais alagados, rios, lagoas, represas, é também comum no pantanal. Capturam grandes insetos aquáticos, como baratas d'água (Belastomatidae), caramujos (Pomacea sp.) e pequenos jacarés, a partir de poleiros fixos ou pairando baixo sobre a vegetação aquática. Captura peixes com os pés, que são providos de espículas e garras recurvas, mas sem molhar a plumagem como faz o Pandion haliaetus, parecendo usar mais a técnica das águiaspescadoras do gênero Haliaeetus, presentes no Velho Mundo. É parcialmente nômade nos meses de enchente no Pantanal e em outros locais, em virtude do aumento do nível das águas, podendo planar por horas seguidas. Reúne-se localmente em congregações de 10 indivíduos ou mais, em árvores secas, na borda de pantanais e banhados. No Suriname, nidifica em mangue branco (Aviccenia sp.), chocando um único ovo cinzento, manchado de marrom.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

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Família: Ciconiidae (Sundevall, 1836) Nome científico: Jabiru mycteria (Lichtenstein, 1819) Nome popular: Tuiuiú Coordenada geográfica: Elev. 171m S 09° 17.577' W 049° 58.428'


Descrição: Substitui I. jamacaii na Amazônia. Vive em matas de diversos tipos, mata de galeria e matas ripária ao longo de rios e lagoas e nas áreas semi-abertas adjacentes. Tem hábitos similares I. jamacaii. Consta que usa ninhos velhos de Cacicus cela para chocar seus ovos embora possa ocupar eventualmente certos ninhos, retirando os ovos e filhotes de seus hospedeiros em colônias em franca atividade reprodutiva. No Pantanal, corrupiões apreciam o néctar das flores dos ipês (Tabebuia sp.).

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Família: Icteridae (Vigors, 1825) Nome científico: Icterius croconotus (Wagler, 1829) Nome popular: João-pinto Coordenada geográfica: Elev. 174m S 09º 20.148' W 049º 58.360'

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Descrição: Ocorrem desde a Amazônia até o Brasil Oriental em bordas de florestas úmidas e secas, capoeiras, restingas, caatingas e matas secundárias. Segue bandos mistos e, ocasionalmente, formigas de correições. O macho distingue-se de F. melanogaster, com o qual é localmente sintópico, pelos tons cinzas-amarronzados das partes superiores e não cinza-azulados como o daquele. A fêmea tem padrão de plumagem semelhante ao de certas espécies do gênero Herpsilochmus, mas distingue-se destes pela cauda, que é preta na parte superior e pela parte superior e pela presença de uma nítida listra superciliar clara. Seu bico é longo e afiado.

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Família: Thamnophilidae (Swainson, 1824) Nome científico: Formicivora Grisea (Boddaert, 1783) Nome popular: Papa-formiga-pardo Coordenada geográfica: Elev. 168m S 09° 16. 233' W 049° 58. 439'


Coordenada geográfica: Elev. 177m S 09º 21.604' W 050º 00. 176'

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Família: Accipitridae (Vigors, 1824) Nome científico: Harpia harpyja (Linnaeus, 1758) Nome popular: Gavião-real

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Descrição: Possivelmente é a ave de rapina mais poderosa do globo, mas não a maior. Imponente, possuem um topete duplo bipartido e garras extraordinárias, especialmente as do hálux. Caçador ágil apesar de seu tamanho voa de forma inconspícua entre a vegetação, surpreendo suas presas e arrebatando-as subitamente em ataques fulminantes. Possui boa audição auxiliada pelo disco facial comum em certas rapineiras. Dentre o seu vasto leque de presas, destaca-se, entre outros, os macacos do gênero Alouatta, Cebus, Ateles, Pithecia, Chiropotes e Saimiri, as preguiças de 2 e 3 dedos (Chloepus e Bradypus), gambás (Didelphis) e cuícas, iraras (Eira Barbara), quatis (Nasua sp.), quincajus (Potus flavus), roedores como os ouriços (Sphiggurus spinosus) e cutias (Dasyprocta sp.), filhotes de veados (Mazama sp.) e de catetos (Tayassu sp.), além dos teiús (Tupinambis). Dentre as aves constam papagaios, mutuns (Crax alector e Crax fasciolata), a arara-azul (Anodorhyncus byacynthinus) e seriemas (Cariama cristata). Esse gavião pode atacar esporadicamente animais de criação como cordeiros, porcos, cães pequenos, galinhas e perus. A fêmea adulta carrega em vôo presas de até 7,0 kg, mas freqüentemente, arrasta sua vítima para um tronco caído, devorando uma parte no local e levando outra para o ninho. O macho carrega presas menores em vôos. Constrói ninhos a cada 2 ou 3 anos ou mais, em árvores emergentes como Sumaúmas (Ceiba sp.) castanheiras (Bertholletia excelsa) ou tucoaris e em frondes de buritis (Mauritia flexuosa). Torna-se raro no Sudeste e Sul, pois necessita de vasto território com florestas para sobreviver, além de ser freqüentemente caçado como troféu ou quando assedia criações de animais domésticos. Observação pessoal: É sempre uma emoção encontrar ave de tamanha imponência. É um misto de emoção, respeito e êxtase, pois confirma quão suprema é a natureza e como ela pode nos surpreender e nos agraciar a cada dia. Esse encontro com a Harpia ratifica o bom estado de conservação do Cantão e o quão é importante a sua preservação.


Descrição: A espécie mais comum no Brasil vive em capoeiras, áreas campestres, brejos, cerrados e caatingas. Também, ocorre no Pantanal do Mato Grosso em matas de galeria, matas de terra firme e matas secundárias, comumente nas bordas, nos estratos de baixo a médio. Vive solitário ou em casais, o macho alimentando a fêmea durante a corte. O casal escava túneis em barrancos e em cupinzeiros arbóreos ou terrestres até 3m de altura do solo e choca entre dois e quatro ovos branco-amarelados.

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Família: Galbulidae Vigors, 1825 Nome científico: Galbula ruficauda (Cuvier, 1816) Nome popular: Ariramba-de-cauda-ruiva Coordenada geográfica: Elev. 185m S 09° 54.565' W 049° 50.292'

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Descrição: Tucano de ampla distribuição no Brasil ocorre desde o nível do mar até 1700m de altitude. Na Amazônia ocorrem em matas de terra firme e de várzea, pantanais, matas de galeria, cerrados e plantações. No Sudeste em áreas de Mata Atlântica e restingas. Segue bandos mistos em grupos pelas copas e pelo estrato médio, podendo descer ao solo para acompanhar correições de formigas. Segue bandos barulhentos de gralhões, Ibycter americanus na Amazônia ou associa-se a bandos de gralhas-azuis, Cyanocorax caeruleus no Sudeste, como possível estratégia antipredatória. Choca de dois a três ovos em ocos nas árvores. Ocorre hibridização entre subespécies (R.v culminatus X R.v Ariel). Tais híbridos foram descritos como R.v theresae (Reiser, 1905).

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Ramphastidae (Vigors, 1825) Nome científico: Ramphastos vitellinus (Lichtenstein 1823) Nome popular: Tucano-de-bico-preto, canjo, etc. Coordenada geográfica: Elev. 195m S 09° 54.554' W 049° 50.295'


Descrição: Espécie comum em áreas urbanas embora ocorra também na zona rural ou em capoeiras e bordas de matas. Evita, porém, o interior de florestas densas. Visita os jardins à procura do néctar que rouba perfurando a base das flores com seu bico fino. Posteriormente, certos beija-flores aproveitam esse “atalho” para atingir mais facilmente o néctar das flores. As cambacicas demonstram decidida predileção pelas grandes flores dos exóticos Hibiscos sp. ou dos Malvaviscus sp., muito utilizados como plantas ornamentais nas cidades. Oportunistas dependuram-se nos bebedouros de água açucarada, colocando nas varandas das casas para atração de beija-flores. Consomem também pequenos insetos e frutos. Na primavera e verão constroem nas árvores, um ninho esférico de capim seco e com entrada lateral. Consta que também constroem ninhos menos elaborados em outras épocas do ano, que servem apenas como dormitório.

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Família: Coerebidae (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) Nome científico: Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) Nome popular: Cambacica, mariquita, chupa mel, chiquita, sebinho, cabeça-de-vaca Coordenada geográfica: Elev. 519 ft S 09° 18.842' W 049º 57.624'

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Descrição: Substitui H. melanopogon na Amazônia meridional em matas de várzea, de igapó, de galeria e na mata ripária ribeirinha ao longo de rios e lagos. Segue bandos mistos e, ocasionalmente, formigas de correição. Seus hábitos são similares aos de seu congênere. Observação pessoal: Na Unidade a espécie é localmente comum. É vista com freqüência nas matas pulando no chão ou em galhos, em emaranhados de vegetação, à procura de insetos.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Thamnophilidae Nome científico: Hypocnemoides maculicauda Nome popular: Solta asa Coordenada geográfica: Elev. 570ft S09°18.771' W049°57.655'


Descrição: Uma das espécies mais conhecidas, comum em toda a Amazônia e no litoral do Nordeste. Imita com perfeição tucanos, psitacídeos, gaviões, martins-pescadores e muitas outras espécies de pássaros e até mamíferos, como a ariranha e no Suriname, o macaco-decheiro (Chrysothrix sciureus). Alimenta-se de insetos, frutos e néctar e constrói seu ninho com folículos de palmeiras diversas em grandes colônias sobre galhos recobertos por ninhos de formigas ou nas proximidades de vespeiros como uma forma de proteção. Ocorre com freqüência à beira d'água em matas de galeria, igapós e matas de várzea. Acompanha bandos mistos nas copas associando-se aves gregárias como macurus (Monasa sp.), araçaris (Pteroglossus sp.) e gralhas (Cyanocorax sp.) Suas colônias são freqüentemente afetadas pelo bem-te-vi-pirata (Legatus leucophaius) e pela graúna (Molothrus oryzivorus).

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Família: Icteridae Nome científico: Cacicus cela Nome popular: Xexéu Coordenada geográfica: Elev: 170m S 09º 17. 608' W 050° 01.510'

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Descrição: A espécie do gênero com mais ampla distribuição no Brasil e que reúne o maior número de subespécies. São todas muito semelhantes entre si, exceto a forma A.f. tephrocephala, que é muito maior (11,5cm), encontrada nas restingas e matas litorâneas do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. Distingue-se de A.versicolor, ambas localmente sintópicas, pela cauda escura e sem faixa contrastante alguma, e pela garganta verde brilhante sem branco algum. Freqüenta áreas semi-abertas, parques e bordas de florestas diversas.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Trochilidae Nome científico: Amazilia fimbriata Nome popular: Beija-flor-de-garganta-verde Coordenada geográfica: Elev: 174m S 09º 14. 716' W 049° 59. 609'


Descrição: Ocorre em rios e lagos tomados por vegetação palustre, e em taboais alagados. Oculto na densa vegetação espreita peixes e outros organismos aquáticos ficando em total imobilidade nas margens. Captura sua presa com seu afilado bico, dardejando-a em golpes certeiros e retendo-a entre a maxila e a mandíbula. É uma ave localmente comum em rios e lagoas de todo o país, a despeito da presença humana. O jovem apresenta plumagem transfaceada de preto e amarelo. Ameaçadas, essas aves esticam o pescoço e arrepiam suas longas penas. Sua voz consiste num esturro forte, ou mugido, daí advindo sua denominação popular. Constroem seu ninho em arbustos ou em árvores, chocando dois a três ovos manchados.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Ardeidae Nome científico: Trigrisoma lineatum Nome popular: Socó-boi Coordenada geográfica: Elev: 170m S 09° 14.261' W 049° 58.451'

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Descrição: Característico de matas de várzea e igapós, matas de galeria, formações de bambu em matas ripárias ribeirinhas e ilhas fluviais, matas secas à margem de rios e babaçuais. Vive em pares ou em pequenos grupos no sub-bosque e no estrato médio, cantando em grupos no anoitecer ou em casais em duetos. Empoleira com o encontro das asas afastadas do peito, arremetendo contra insetos e lagartixas nas folhagens adjacentes ou no solo. Balança a cauda mantendo-a “engatada lateralmente” por certo tempo. Segue grupos de macacos ou correições à procura de presas perturbadas pela movimentação dos primatas e das formigas, respectivamente. Faz seu ninho em barrancos ou no solo, incubando três ovos. Observação pessoal: A espécie é abundante no PEC e vista freqüentemente aos bandos quando se percorre as trilhas da Unidade. Os bandos costumam vocalizar insistentemente nos horários crepusculares.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bucconidae ( Horsfield, 1821) Nome científico: Monasa nigrifrons (Spix, 1824) Nome popular: Bico de brasa, chora-chuva-preto e Tanguru-pará. Coordenada geográfica: Elev:578ft S09°18.683' W049°57.609'


Coordenada geográfica: Elev. 185m S 09º 54.565' W 049° 50.292'

FOTO: VLADIMIR ALENCASTRO FEITOSA

Família: Viperidae Nome científico: Crotalus durissus Nome popular: Cascavel

Descrição: Espécie de hábitos noturnos, vivípara, é terrícola e pouco freqüente de se avistar. Uma espécie peçonhenta, sua dentição é solenóglifa com o dente anterior oco, formando um tubo no qual o veneno é inoculado. Alimenta-se de mamíferos roedores. Tem o hábito de vibrar a cauda, executando movimentos rápidos e repetidos da ponta. Seu bote inclui mordida, injeção de veneno e golpes com a cabeça.

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FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Boidae Nome científico: Epicratres cenchria Nome popular: Salamanta

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Descrição: Espécie de hábitos noturnos, vivípara e com chances muito remotas de se avistar. De grande porte chega a ter mais de um metro de comprimento. Espécie não peçonhenta possui dentição áglifa que não apresentam dentes especializados para a inoculação de veneno. Alimenta-se de mamíferos roedores e aves, incluindo filhotes e ovos. Sua defesa inclui a descarga cloacal expulsando as fezes e outras substâncias para se defender do inimigo.


Descrição: O Caiman crocodilus, conhecido como jacaretinga, jacaré-de-óculos ou caimão-de-lunetas (em Portugal) é um réptil carnívoro que habita diferentes tipos de rios e lagos de água doce ao sul do México, América Central e noroeste da América do Sul. No Brasil, recebeu o nome de jacaretinga por causa de seu dorso branco (tinga significa "branco" em língua tupi). Os machos chegam a medir entre 1,8 e 2,5 metros de comprimento e as fêmeas, 1,4 metros. Alimentam-se de diferentes espécies de animais: crustáceos, peixes, anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos. O cruzamento ocorre na estação chuvosa. A fêmea faz um ninho aglomerando pequenas quantidades de vegetação seca e terra e põe ali de catorze a quarenta ovos que demoram, em média, sessenta dias para eclodir. Ao nascer, medem cerca de vinte centímetros. Observação pessoal: A espécie é abundante no Parque e pode ser encontrada com facilidade nas praias fluviais da Unidade.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Alligatoridae Nome científico: Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758) Nome popular: Jacaretinga, jacaré-de-óculos Coordenada geográfica: Elev. 173m S 09° 20.759' W 049º 59.292'

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Descrição: Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a capivara (Hydrochoer us hydrochaeris) é o maior roedor herbívoro do mundo. Alimenta-se de capins e ervas. É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água. No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Caviidae Nome científico: Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) Nome popular: Capivara, bicho papão ou orelha. Coordenada geográfica: Elev. 163m S 09° 59.911' W 049° 59. 911'


FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Boidae Nome científico: Corallus hortulanus Nome popular: Cobra-veadeira e Suaçubóia Coordenada geográfica: Elev. 169m S 09° 21.287' W 049° 58.724'

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Descrição: Seu nome, de origem indígena, significa “Cobra veado”, pois sua cor é semelhante à destes animais (Suaçú = veado, Bóia = cobra). Espécie arborícola, vivípara e de hábitos noturnos. Não é vista com freqüência na natureza. Possui dentição áglifa. Alimenta-se de mamíferos roedores e aves (incluindo seus ovos e filhotes). Sua estratégia de defesa inclui dar botes seguidos de mordidas. As espécies deste gênero possuem fossetas labiais, que são órgãos sensoriais especializados na detecção de presas de sangue quente. Observação pessoal: Esta espécie possui vários padrões de coloração ao longo de sua distribuição. Foram registradas no PEC três padrões de coloração diferentes que podem ser observados pelas imagens.


Descrição: O Rhinella schneideri (antes conhecido como Bufo paracnemis e mais recentemente como Bufo schneideri) é um grande sapo nativo da América do Sul, mais especificamente da Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Ele é freqüentemente confundido com o sapo-cururu, tanto que é conhecido como "cururu", além de também ser conhecido como "sapo-boi". O Rhinella schneideri é tão grande quanto o cururu, embora possam ser facilmente distinguidos um do outro pela presença, no R. schneideri, de glândulas de veneno nas patas traseiras. Assim como o cururu, possui também as glândulas parotóides, que produzem veneno com bufotoxinas. O nome "sapo-boi" se deve ao coaxar característico, que lembra o mugido de um boi.

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Família: Cervidae Nome científico: Blastocerus dichotomus Nome popular: Cervo do Pantanal, Guaçupuçu, Suaçuatê, Veado-galheiro. Coordenada geográfica: Elev:165m S 09° 20.294' W 050° 00.186'

Descrição: O Cervo-doPantanal é o maior veado da América do Sul. Vive nas regiões pantanosas e ao longo das bordas das florestas do Brasil, Uruguai, Paraguai e Guianas. Os cascos desse animal podem ficar completamente abertos e as duas metades em que eles se dividem se mantêm unidas por uma membrana interdigital. Esses cascos evitam que o animal afunde no lodo. O cervo-do-Pantanal tem uma galhada bifurcada, com cinco pontas em cada haste. É muito arisco e esconde-se durante o dia. À noite, vai para as clareiras em grupos de cinco ou mais para alimentar-se de capim, juncos e plantas aquáticas. O cervo freqüentemente entra na água. Os machos, ao contrário da maioria dos outros antílopes, não lutam pela posse das fêmeas. Embora sua carne não sirva para comer, o cervo-do-Pantanal é caçado por causa do seu couro e da galhada. Os índios da América do Sul preparam vários tipos de remédio com a galhada do cervo-doPantanal, desde uma "poção do amor"até uma mistura par facilitar o parto. Observação pessoal: É encontrado nas regiões pantanosas da Unidade.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bufonidae Nome científico: Rhinella schneideri (Werner, 1894) Nome popular: Sapo – boi Coordenada geográfica: Elev. 598ft S 09º 18.663' W 049° 57.622'


Descrição: Sua pelagem é marrom-acinzentada, mais escura no meio do dorso e com o ventre mais claro, próximo do branco. A garganta e a parte inferior da cauda são esbranquiçadas e o pescoço acinzentado. A testa tem um tufo de pêlos escuros e os chifres, que só existem no macho, são galhadas simples e retas, sem ramificações, que atingem no máximo 12 cm de comprimento. A fêmea, ao invés de chifres, tem apenas uma elevação e sua pelagem é um pouco mais clara que a do macho. A maioria dos indivíduos tem uma pinta branca acima dos olhos que é inexistente nas outras espécies. O peso pode variar entre 11 a 25 kg, ficando geralmente próximo dos 17 kg. Sua dieta ampla que inclui broto de gramíneas, leguminosas, frutas e flores. Tem hábitos noturnos e diurnos; costuma sair pela manhã, sozinho ou aos pares, para se alimentar. Espécie solitária reproduz-se em todos os meses do ano e pressente a fêmea a grande distância. Eles ficam juntos por uma ou duas semanas e, após uma gestação de aproximadamente 206 dias, a fêmea tem um único filhote que pesa cerca de 500 g. A pelagem do filhote é marrom, salpicada de pintas brancas distribuídas pelos flancos.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Cervidae Nome científico: Mazama gouazoubira Nome popular: Veado-catingueiro Coordenada geográfica: Elev. 593ft S 09º 18.569' W 049° 57.706'

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Descrição: O jacaré-açú (Melanosuchus niger) é uma espécie de jacaré exclusiva da América do Sul. Também conhecido como jacaré-negro, é um predador de topo de cadeia alimentar. Exemplares adultos de grandes dimensões podem predar qualquer animal de seu habitat, inclusive outros predadores de topo, como onças, pumas, jibóias e sucuris, se forem surpreendidos por esses animais. Normalmente, se alimentam de pequenos animais, como tartarugas, peixes, capivaras e veados. É uma espécie que esteve à beira da extinção, devido ao valor comercial do seu couro de cor negra e da sua carne. Atualmente encontra-se protegido e sua população encontra-se estável no Brasil. É a maior espécie de jacaré, com tamanho médio de 3,5 metros e mais de trezentos quilogramas. Já foi encontrados exemplares com mais de 5,5 metros de comprimento e possivelmente meia tonelada de peso. Observação pessoal: O jacaré-açú é bem comum e abundante no Cantão e os indivíduos do PEC chegam a até 6 metros de comprimento.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Alligatoridae Nome científico: Melanosuchos niger Nome popular: Jacaré-açu Coordenada geográfica: Elev: 165m S 09° 16.366' W 049° 59.096'


Coordenada geográfica: Elev: 179ft S 09º 22.396' W 050º 00.532'

FOTOS: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Viperidae Nome científico: Bothrops Sp. Nome popular: Jararaca

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Descrição: Popularmente, as espécies são denominadas de jararacas. São serpentes peçonhentas, encontradas nas Américas Central e do Sul, sendo importantes causadoras de acidentes com animais peçonhentos no Brasil e nos outros onde se distribuem, com altas taxas de morbidade e mortalidade. As diferentes espécies apresentam grande variabilidade, principalmente nos padrões de coloração e tamanho, ação da peçonha, dentre outras características. Atualmente, 32 espécies são reconhecidas, mas é consenso dentre os pesquisadores que a taxonomia e sistemática deste grupo está mal resolvida, de modo que novas espécies têm sido descritas e algumas sinonimizadas. A maioria das espécies é noturna, entretanto algumas de altas altitudes são encontradas ativas durante o dia. A maior parte das espécies é terrestre, mas não é incomum encontrar algumas espécies em arbustos e árvores pequenas, especialmente os indivíduos mais jovens. Uma espécie em particular, a Bothrops insularis, a jararaca-ilhoa da Ilha da Queimada Grande, parece ser freqüentemente encontradas em árvores a maior parte do tempo.


Descrição: A tartaruga-daamazônia (Podocnemis expansa) é uma tartaruga fluvial, da família Podocnemididae, encontrada no rio Amazonas e seus afluentes. É uma espécie de grande porte, sendo que os maiores exemplares chegam a alcançar 90 cm de comprimento ou mais. Possui casco preto acinzentado no dorso e amarelo com manchas escuras na parte ventral. A carne e os ovos são bastante apreciados, constituindo a base de diversos pratos da culinária amazônica. Também é conhecida pelos nomes de araú, jurará-açu e tartaruga-do-Amazonas. Observação pessoal: A espécie fotografada é um exemplar ALBINO mantido no PEC para caráter de acompanhamento do indivíduo.

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Coordenada geográfica: Elev. 559ft S 09º 20.196' W 050º 00. 813'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Leiuperidae Nome científico: Eupemphix nattereri Nome popular: Rã – quatro - olhos

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Podocnemididae Nome científico: Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) Nome popular: Tartaruga-da-Amazônia Coordenada geográfica: Elev. 559ft S 09º 20.196' W 050º 00. 813'

Descrição: A Eupemphix nattereri, é o único representante do gênero Eupemphix. Esta espécie possui uma característica curiosa. Quando ameaçada exibe duas manchas negras em forma de olhos para assustar e confundir o predador.


Descrição: Substitui I. jamacaii na Amazônia. Vive em matas de diversos tipos, mata de galeria e matas ripária ao longo de rios e lagoas e nas áreas semi-abertas adjacentes. Tem hábitos similares I. jamacaii. Consta que usa ninhos velhos de Cacicus cela para chocar seus ovos embora possa ocupar eventualmente certos ninhos, retirando os ovos e filhotes de seus hospedeiros em colônias em franca atividade reprodutiva. No Descrição: Muitas pessoas chamam de Jararaquinha dormideira. Pantanal, corrupiões apreciamas o néctar das flores dos ipês (Tabebuia sp.). Trata-se de uma cobra extremamente inofensiva e calma, mesmo quando manipulada com as mãos. É muito comum encontrálas em hortas, lugar freqüentado pelas lesmas do qual se alimenta. Seu tamanho varia de 15 cm até 40 cm. Ovípara, coloca entre cinco e dez ovos com o nascimento previsto para início da estação chuvosa.

35 13 Família: Família: Colubridae Thamnophilidae (Swainson, 1824) Nome Nome científico: científico: Oxyrhopus Formicivora grisea guibei (Boddaert, 1783) Nome popular: Falsa coral ou cobra coral Nome popular: Papa-formiga-pardo Coordenada geográfica: Elev. 168m S 09° 16. 233' W 049° 58. 439'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Coordenada geográfica: Elev. 559ft S 09° 20.260' W 050º 01.558'

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Coordenada geográfica: Elev.552ft S 09º 20. 242' W 050º 01.542'

Descrição: Ocorrem desde a Amazônia até o Brasil Oriental em bordas de florestas úmidas e secas, capoeiras, restingas, caatingas e matas secundárias. Segue bandos mistos e, ocasionalmente, formigas de correições. O macho distinguese de F. melanogaster, com o qual é localmente sintópico, pelos tons cinzasamarronzados das partes superiores e não cinza-azulados como o daquele. A fêmea tem padrão de Descrição:semelhante A serpenteaoOxyrhopus guibeidoégênero da família Colubridae. hábitos destes noturnos plumagem de certas espécies Herpsilochmus, masTem distingue-se pelae rastejam pedras. Alimenta-se lagartixas e pequenos cauda, queemé troncos, preta nagalhos parte esuperior e pela partedesuperior e pela presençalagartos. de umaObservação nítida listra superciliar clara.serpente Seu bicode é longo pessoal: É uma hábitoe afiado. terrícola. Costuma mimetizar a coral peçonhenta ao longo de sua distribuição geográfica.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Família: Colubridae Icteridae (Vigors, 1825) Nome Nome científico: científico: Sibynomorphus Icterius croconotusmikanii (Wagler, 1829) Dormideira, Jararaquinha dormideira Nome popular: Nome popular: João-pinto Coordenada geográfica: Elev. 174m S 09º 20.148' W 049º 58.360'


Coordenada geográfica: Elev. 554ft S 09º 20.226' W 050º 01.532'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Hylidae Nome científico: Trachycephalus venulosus Nome popular: Perereca-do-cerrado

Descrição: Uma perereca comum nas regiões de sua ocorrência. Possui hábitos arborícolas e quando ameaçada libera uma secreção pegajosa por todo o seu corpo, parecendo uma cola, o que desencoraja muitos predadores.

36 13 Coordenada geográfica: Elev. 550ft S 09º 17.496' W 049° 58.852'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Hylidae Nome científico: Hypsiboas raniceps Nome popular: Perereca de bananeira

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Descrição: Tem hábitos noturnos e arborícolas, ficando escondidas nas folhagens durante o dia e ao cair da tarde inicia a vocalização ainda no esconderijo e com o avançar da noite se desloca para próximo de lagos, pântanos e rios. São territorialistas e se ouvem outros machos vocalizando saem em perseguição a ele.


Coordenada geográfica: Elev:578ft S09°18.683' W049°57.609'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Falconidae Nome científico: Caracara plancus Nome popular: Carcará ou carrancho

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Descrição: Comum em áreas abertas ou semi-abertas como campos, savanas, pastos, plantações, banhados, beira de estradas e rodovias, cidades e zonas rurais, buritizais, beiras de matas, manguezais, praias oceânicas e fluviais, mata de galeria, caatingas e cerrados. É incomum no interior das florestas densas. Oportunista e de hábitos generalistas, apanha animais atropelados em rodovias ao lado de urubus. Segue arados e incêndios, apresando animais desalojados. Também como frutos de dendê (Elaeis guineensis) e procura peixes mortos em praias marítimas em rios e lagoas, bem como tartaruguinhas que emergem da areia ou de ovos de tartaruga escavados por quati e outros mamíferos. Consegue capturar iguanas, lagartixas, cobras, caranguejos, minhocoçús, insetos e suas larvas. Pode atacar garças grandes em grupos de três a quatro indivíduos ou atacar ninhais roubando seus ovos e filhotes. Assediam urubus e colhereiros, (Platalea ajaja) em vôo, forçando-os a regurgitarem alimento à maneira da fragata (Fregata magnificens). Torna-se dominante em meio às grandes carcaças, repelindo o urubu-preto (Coragyps atratus) e o urubupeba (Cathartes aura). Constrói seu ninho em árvores altas, tomadas por latadas de cipós e trepadeiras, ocultando-o em meio à densa vegetação.


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FLORA

FLORA


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FLORA A vegetação característica do PEC inclui espécies típicas do Cerrado, da Amazônia e de habitats ribeirinhos, sendo provável que o Parque abrigue as maiores populações intactas das espécies típicas dos varjões e das florestas sazonalmente inundáveis do Araguaia. As espécies de flora que exibem adaptações especiais para suportar as enchentes são as mais comuns nesse ambiente. A floresta sazonalmente alagada é uma comunidade natural única do Cantão, com quase toda sua extensão dentro dos limites do parque. As ilhas estão formadas por bancos de areia em parte cobertos por comunidades naturais pioneiras, pequenas lagoas, formações arbustivas denominadas "saranzais", varjões e algumas manchas de floresta em seus estágios iniciais de sucessão. São especialmente abundantes as plantas pioneiras associadas aos saranzais, como sarã (Sapium haematospermem), goiabinha (Psidium riparium), e embaúba (Cecropia sp.) e ainda as associadas com os varjões, como a gramínea Papalum repens. Os diques marginais mais altos das ilhas não se inundam durante as enchentes normais, ocorrendo uma vegetação herbáceo-arbustiva onde predomina o assapeixe (Vermonia sp.). A floresta sazonalmente alagada é representada pela comunidade natural igapó que se desenvolve em corpos de água (canais, meandros e lagos) assoreados. Estima-se que os igapós ocupem 27%, ou 24.000 hectares do PEC. Durante a seca, o sub-bosque é aberto e o igapó exibe uma estrutura clássica de "catedral", oferecendo oportunidades para avistagem da fauna terrestre. Na cheia, é possível penetrar no interior dos igapós de canoa em nível das copadas e observar grande parte da fauna e flora do Cantão. As árvores típicas do estrato superior são o landi (Callophylum brasilense), o laxador (Cathedra acuminata) e as piranheiras (Tetragas tristrifoliolatuem e Piranhea trifoliolata). Os terrenos mais elevados do PEC, localmente denominados "torrões", encontram-se nos diques marginais de rios e em áreas onde há muita deposição de sedimentos. Nesses terrenos cresce a floresta estacional semidecidual (parte da vegetação perde de 20 a 50% de suas folhas), a comunidade natural mais abundante do Parque, que ocupa 47.000 hectares, ou 53% da superfície. As espécies emergentes são o jatobá (Hymenaea stilbocarpa), o ipê (Tabebuia impetiginosa) e o pau-de-leite (Hymatanthus bracteosus). No estrato superior / intermediário, a imburana (Comiphora leptophloes), o almescar (Protium heptaphilium), as pindaíbas (Xylopia sp.) e os jenipapos do mato (Guateria sp.) são as espécies características. Os dados foram coletados durante visitas técnicas realizadas nos dias 26, 27 e 28 de setembro de 2008; 14 de agosto, 06 e 13 de setembro, 17 de outubro de 2009; 19 e 20 de novembro de 2011 e 15, 16, 17 30 e 31 de março de 2012. O levantamento florístico teve como objetivo o reconhecimento e a análise de parte das espécies existentes no PEC.


Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófila, secundária, característica e exclusiva dos cerrados e campos cerrados, onde é medianamente freqüente com dispersão mais ou menos uniforme e contínua. Em campos cerrados muito fracos o seu porte não passa de um arbusto de menos de 2m de altura. Ocorre preferencialmente em formações secundárias ou primárias, sobre terrenos de aclive suave onde o solo é argiloso e de boa fertilidade. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminada pela fauna.

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Coordenada geográfica: Elev. 184 metros S 09°16.435' W049°57.173'

FOTOS: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bignoniaceae Nome científico: Cybisthax anticyphilitica (Mart.) Mart. Nome popular: Ipê verde, caroba-de-flor-verde

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Ebenaceae Nome científico: Diospyros coccolobifolia Mart. Nome popular: Olho de boi do cerrado, caqui do cerrado Coordenada geográfica: Elev. 173 metros S 09°18.247' W049°57.537'

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófila, pioneira, característica de formações vegetais abertas, como cerrados e cerradões. Sua ocorrência no interior da floresta primária densa é rara. Prefere solos arenosos e pedregosos onde a drenagem é rápida. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.


Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita ou de luz difusa, característica e exclusiva das florestas pluviais localizadas sobre solos úmidos e brejosos. É encontrada tanto na floresta primária densa como em vários estágios da sucessão secundária, capoeiras e capoirões. Sua dispersão é ampla, porém descontínua; ocorre geralmente em grandes agrupamentos, que por vezes chegam a formar populações puras. É capaz de crescer virtualmente dentro da água e até em áreas de mangue. Produz quase todos os anos grande quantidade de sementes viáveis.

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Coordenada geográfica: Elev. 173 metros S 09°19.962' W049°58.104'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Malvaceae Nome científico: Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Nome popular: Barriguda, samaúma da várzea, samaúma

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Clusiaceae Nome científico: Calophylum brasiliensis Camb. Nome popular: Landi, guanandi, gulandi, landi-do-brejo, landi-jacareíba, landim Coordenada geográfica: Elev. 162 metros S 09°15.496' W049°59.110'

Informações ecológicas: Planta decídua durante o florescimento, heliófita, seletiva higrófita, característica de terrenos muito úmidos e pantanosos da mata primária de várzea. Ocorre também em formações secundárias, comportando-se como planta pioneira.


Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, pioneira, xerófita, características da caatinga xeromórficas do nordeste brasileiro e do chaco pantaneiro, onde apresenta dispersão ampla porém descontínua. Prefere solos calcários, bem drenados e profundos. Produz anualmente abundante quantidade de sementes viáveis amplamente disseminadas pela avifauna. Floresce durante os meses de novembro-dezembro junto com o surgimento da nova folhagem. Os frutos amadurecem nos meses de março-abril com o início da queda das folhas.

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Coordenada geográfica: Elev. 171 metros S 09°18.712' W049°57.598'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Combretaceae Nome científico: Bucheavia tomentosa, Eichler Nome popular: Mirindiba, louro-de-são-paulo

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Burseraceae Nome científico: Commiphora leptophloeos (Mart.) Gillett Nome popular: Imburana de espinho, etc. Coordenada geográfica: Elev. 166 metros S 09°18.814' W049°57.612'

Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, secundária, característica das matas abertas de cerradões localizados sobre solos de boa fertilidade. Produz anualmente abundante quantidade de sementes viáveis prontamente disseminada pela fauna.


Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, característica do cerrado e de formações secundárias da floresta latifoliada semidecídua de altitude. É menos freqüente no interior da floresta primária densa. Apresenta dispersão descontínua e em baixa freqüência, porém quase sempre em terrenos bem drenados. Produz anualmente pequena quantidade de sementes viáveis.

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Coordenada geográfica: Elev. 179 metros S 09°18.337' W049°57.589'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Sapindaceae Nome científico: Magonia pubescens St. Hil. Nome popular: Timbó, tingui, guaratimbó, timbocipó

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Myristicaceae Nome científico: Virola sebifera Aubl. Nome popular: Mucuíba, Ucuúba e Pau de sebo Coordenada geográfica: Elev. 188 metros S 09°18.704' W049°57.615''

Informações Ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófila, amplamente distribuída nos cerrados do Brasil Central. Ocorre em moderada freqüência tanto em formações primárias como secundárias, porém sempre em terrenos altos e bem drenados. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis.


Coordenada geográfica: Elev. 179 metros S 09°18.335' W049°57.605'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Rubiaceae Nome científico: Genipa amaricana L. Nome popular: Jenipapo, jenipapeiro, janapabeiro.

Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, seletiva higrófila, característica das florestas pluvial e semidecídua situada em várzea úmidas e brejosas. Pode ocorrer também em outras formações florestais, porém sempre em terrenos úmidos. É encontrada tanto no interior da mata primária como nas formações secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

44 13 Coordenada geográfica: Elev. 172 metros S 09°22.392' W050°00.480'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Caesalpineaceae Nome científico: Hymenea courbaril Var. stilbocarpa (Hayne) Lee & Langenh. Nome popular: Jatobá, jataí, jutaí e pão-de-ló-de-mico

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Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita ou esciófita, seletiva xerófita, característica das florestas latifoliada semidecídua. É uma planta pouco exigente em fertilidade e umidade do solo, geralmente ocorrendo em terrenos bem drenados. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.


Coordenada geográfica: Elev. 181 metros S 09°22.385' W050°00.530'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Arecaceae Nome científico: Attalea maripa (Aubl.) Nome popular: Inajá, anaiá, anajá, aritá, inajazeiro

Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita ou de luz difusa, característica da mata alta de terra firme em solos areno-argilosos; é entretanto nas áreas de vegetação aberta secundária que sua freqüência é maior. Sua dispersão é descontínua, ocorrendo em determinados pontos em grandes agrupamentos e faltando completamente em outros. Apresenta hábitos pioneiros, uma vez que após as derrubadas e queimadas rebrota com vigor, ou germinam sementes dormentes. Produz anualmente grande quantidade sementes, amplamente disseminadas por roedores.

45 13 Coordenada geográfica: Elev. 180 metros S 09°21.765' W050°00.092'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Lecythidaceae Nome científico: Eschweilera ovata (Camb.) Miers Nome popular: biriba, biriba-preta, ibirabá, sapucainha

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, seletiva xerófita, secundaria, característica e exclusiva das matas pluviais Amazônica e Atlântica, onde apresenta freqüência ocasional e dispersão mais ou menos contínua ao longo de sua área de dispersão. Nas restinga litorâneas se apresenta como um arbusto de 1-3 m de altura. Ocorre preferencialmente em terrenos bem drenados, tanto na floresta primária como em formações abertas e capoeirões. Produz anualmente muitas sementes viáveis.


Informações ecológicas: Planta perenifólia, mesófila, e seletiva higrófita, características das matas de beira de rios e córregos. Ocorre em varias formações florestais, porém com maior dispersão na floresta pluvial da encosta atlântica. Apesar de ocorrer no interior da mata, produz muito mais frutos quando fora da mata. Da mesma forma, mudas implantadas em áreas abertas suportam bem a luz direta e iniciam a produção de frutos quando ainda bem jovens.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Clusiacea Nome científico: Rheedia gardneriana Planch et Triana Nome popular: Bacopari-miúdo, bacuri miúdo Coordenada geográfica: Elev. 177 metros S 09°21.775' W049°59.992'

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Informações ecológicas: Plantadecídua, heliófita, seletiva xerófita, pioneira, característica e exclusiva de matas semidecíduas e de sua transição para o cerrado (cerradões), onde apresenta freqüência elevada, não obstante muito descontínua e irregular na sua dispersão. Ocorre predominantemente em capoiras e capoeirões na parte mais elevada do relevo, em solos argilosos de média fertilidade e bem drenados. Também muito freqüente como planta isolada em áreas de pastagens. Produz abundante quantidade de sementes disseminada pelo vento.

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Lythraceae Nome científico: Physocalymma scaberrimum Pohl Nome popular: Cega machado, quebra-facão, Nó de Porco Coordenada geográfica: Elev. 186 metros S 09°54.556' W049°50.326'


Coordenada geográfica: Elev. 180 metros S 09°18.580' W049°57.672'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Arecaceae Nome científico: Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.) Nome popular: Macaúba, macaúva, coco-baboso ou coco-de-espinho

Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófitas, pioneira, característica de solos férteis localizados em vales e encostas da floresta mesófita semidecídua. Em certas regiões é considerada padrão de terra boa. Sua dispersão é maior, porém descontínua, nas formações secundárias como capoeiras e capoeirões. Produz aniualmente grande quantidade de frutos, que são consumidos por várias espécies de animais, que assim se encarregam de sua disseminação.

47 13 Coordenada geográfica: Elev. 185 metros S 09°54.560' W049°50.385'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bignoneaceae Nome científico: Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Nome popular: Ipê do cerrado, :Ipê-amarelo, Ipê-cascudo

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Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica do cerrado situado em terrenos bem drenados. Apresenta dispersão uniforme e bastante freqüente, ocorrendo principalmente em formações secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.


Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, seletiva higrófita, pioneira, característica e exclusiva das matas ciliares do pantanal Matogrossense e do rio Araguaia, onde ocorre com grande freqüência e de maneira bastante contínua. Ocorre preferencialmente em áreas abertas de terrenos aluviais inundáveis, onde chega a crescer e a reproduzir-se com tanto vigor, formando populações puras chamadas “Cambarazais”, que são consideradas pelos pecuaristas do Pantanal como uma das piores infestantes ou planta daninha de pastagens. Produz anualmente abundante quantidade de sementes viáveis, disseminadas pelo vento e pela água.

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Coordenada geográfica: Elev. 187 metros S 09°15.470' W049°58.798''

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Rubiaceae Nome científico: Simira sampaioana (Standl.) Nome popular: Maiate, Arariba

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Vochysiaceae Nome científico: Vochysia divergens Pohl Nome popular: Cambará, camará, canjerana Coordenada geográfica: Elev. 163 metros S 09°16.471' W049°59.319'

Informações ecológicas: Planta decídua no inverno, heliófita, seletiva higrófita, características de formações secundárias da floresta latifoliada semidecídua. Ocorre preferencialmente em várzea um pouco úmidas e beira de rios, porém sempre em terrenos de boa fertilidade. Produz anualmente grande quantidade de sementes, facilmente disseminadas pelo vento.


FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Malvaceae Nome científico: Sterculia striata St. Hil. et Naud Nome popular: Chichá, axixá, araxixá, arachichá, bóia, pau-de-bóia

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica da floresta semidecídua e sua transição para o cerrado (cerradões), podendo ocorrer em cerrados mais fechados. Ocorre preferencialmente em terrenos profundos e bem drenados, tanto em formações primárias como secundárias. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis.

49 13 Coordenada geográfica: Elev. 193 metros 22L 0614143 UTM 8970726

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Caryocaraceae Nome científico: Caryocar coriaceum Wittm. Nome popular: Pequi

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Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, seletiva xerófita, característica do cerrado e campo cerrado. Ocorre geralmente em agrupamentos mais ou menos densos em determinados pontos e faltando em muitos outros da área de dispersão. Ocorre tanto em formações primárias como em secundárias e pioneiras. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.


Coordenada geográfica: Elev.565ft S 09º18.660 W 049º58.065'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Tiliaceae Nome científico: Apeiba tibourbou Aubl. Nome popular: Pente de macaco, pau-jangada, cortiça, embira-banca

Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, característica da floresta pluvial amazônica e latifoliada semidecídua. Ocorre principalmente em formações secundárias, sendo pouco freqüente no interior da mata primária densa. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

50 13 Coordenada geográfica: Elev. 158 metros S 09°18.842' W049°57.624'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Rubiaceae Nome científico: Amaioua guianensis Aubl. Nome popular: Goiaba de peixe, marmelada brava, canela de veado.

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, de luz difusa, indifernte quanto às condições de umidade de solo, característica e exclusiva de sub-bosques de matas ciliares, cerradões de altitudes, e de florestas pluviais. Ocorre geralmente com freqüência elevada a média, porém bastante descontínua na dispersão ao longo de sua vasta área de distribuição. Ocorre principalmente no interior das matas primárias e capoeirões sobre terrenos inclinados de solos arenosos. Produz anualmente abundante quantidade de sementes viáveis.


Coordenada geográfica: Elev. 584ft S09º23.290' W050º02970'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Apocynaceae Nome científico: Hancornia speciosa Gomez Nome popular: Mangaba, mangabeira

Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, xerófita, característica de formações vegetais abertas. Ocorre preferencialmente em terrenos arenosos e de baixa fertilidade. Produz anualmente até, duas vezes por ano grande quantidade de sementes viáveis, as quais facilmente são disseminadas por animais.

51 13 Coordenada geográfica: Elev. 163 metros 22L 0614112 UTM 8970402

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Fabaceae Nome científico: Andira legalis (Vell.) Toledo Nome popular: Angelim-coco, Angelim-doce, Angelim-gigante.

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, seletiva higrófita, secundária, característica e exclusiva de matas ciliares da planície litorânea, onde sua freqüência é geralmente baixa e um tanto descontínua na sua dispersão ao longo de sua área de distribuição. Ocorre predominantemente em terrenos de várzeas muito úmidas de solos argilosos, principalmente em formações secundária. Produz anualmente moderada quantidade de sementes, prontamente disseminada pela fauna.


Coordenada geográfica: Elev.555ft S09º20.921' W050º00.880'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Annonaceae Nome científico: Duguetia marcgraviana Mart. Nome popular: Ata

Informações ecológicas: Planta perenifolia, heliófita, característica da floresta semidecídua. Ocorre geralmente em agrupamentos populacionais bastante homogêneos em topo de morros onde o solo é bem drenado; entretanto, é comum em várzeas e beira de rios, porém sempre em barrancos bem drenados. Ocorre tanto no interior da mata primária densa como em formações abertas e secundárias. Produz anualmente pequena quantidade de sementes viáveis.

52 13 Coordenada geográfica: Elev. 170 metros S 09°21.257' W049°58.682'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Mimosaceae Nome científico: Inga sp. Nome popular: Ingá seco

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, seletiva higófita, característica de matas úmidas situadas em várzeas, tanto primárias como secundárias. Apresenta distribuição ampla porém bastante descontínua e esparsa na sua freqüência.


Informações ecológicas: Planta semidecídua,, heliófita, seletiva higrófita, pioneira, característica e exclusiva de matas semidecíduas e de galeria, onde ocorre com freqüência elevada, porém um tanto descontínua e irregular. Ocorre preferencialmente em capoiras e capoeirões de várzeas úmidas ou de beira de rios, sobre solos argilosos ricos em matéria orgânica. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminada pela avifauna.

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FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Euphorbiaceae Nome científico: Sapium haematospermum Müll.Arg. Nome popular: Sarã Coordenada geográfica: Elev. 170 metros S 09°21.257' W049°58.682'

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, seletiva higrófita, secundária, característica e exclusiva das formações ciliares de cerrados e campos cerrados. Sua freqüência é ocasional a média e sua dispersão geralmente um tanto descontínua. Ocorre predominantemente em formações primária e secundárias de várzeas úmidas ou de beira de córregos e rios onde o solo é argiloso e de boa fertilidade. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, prontamente disseminada pela a avifauna.

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Rubiaceae Nome científico: Alibertia verrucosa S.Moore Nome popular: Marmelada de espinho Coordenada geográfica: Elev. 584ft S09º23.290' W050º02970'


Coordenada geográfica: Elev.578 ft S09º18.530' W049º57.719'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Rubiaceae Nome científico: Alibertia edulis (Rich.) A. Rich. ex DC. Nome popular: Marmelada-de-bezerro, goiaba-preta, marmelo-do-cerrado, marmelinho

Informações ecológicas: A espécie geralmente ocupa o estrato arbustivo, principalmente do cerradão e mata mesofítica, surgindo sobretudo em seus bordos ou quando estes já sofreram algum tipo de perturbação humana. Os frutos são constantemente atacados por pragas, dificultando o seu amadurecimento, e como conseqüência, é raro ser encontrado um fruto sadio.

54 13 Coordenada geográfica: Elev. 193 metros 22L 0614143 UTM 8970726

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Dilleniaceae Nome científico: Curatella americana Linn. Nome popular: Sambaíba, lixeira, caimbé, cajueiro-bravo, marajoara

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Informações ecológicas: Formam grandes agrupamentos descontínuos. Estes agrupamentos podem ser encontrados em áreas parcialmente alagadas durante parte do ano. A emissão de folhas novas são simultâneas à formação de botões florais. O fogo é um fator que acelera a queda foliar, e a formação de novas folhas ocorre logo após a queimada.


Coordenada geográfica: Elev.565ft S 09º18.660' W 049º58.065'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Anacardiaceae Nome científico: Anacardium microcarpum L. Nome popular: Cajú, cajuí, cajuzinho- do- cerrado, caju-do-campo

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita e espontânea em muitas regiões do país, ocorrendo em cerrados, cerradões e podendo ocorrer em menor freqüência em florestas estacionais. Cresce normalmente e quase todos os solos secos e bem drenados do cerrado.

55 13 Coordenada geográfica: Elev. 598ft S09º18.663' W049º57.622'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Myrtaceae Nome científico: Psidium sp. Nome popular: Goiaba, araçá

PROJETO CANTÃO - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - 2012

Informações ecológicas: Planta semidecídua, heliófita, seletiva e higrófita. Ocorre principalmente nas formações abertas de solos úmidos. Apresenta intensa regeneração espontânea em capoeiras, graças a ampla disseminação proporcionada pela avifauna.


Coordenada geográfica: Elev.571 ft S09º18.470' W049º57.705'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Malpighiaceae Nome científico: Byrsonima orbgnyana A. Juss. Nome popular: Canjiquinha, murici-de-várzea, murici-de-varjão.

Informações ecológicas: Planta perenifólia, ciófita e até heliófita, seletiva higrófita. Nas várzeas ocorre em grandes densidades formando populações puras. Produz anualmente abundante quantidade de sementes viáveis, prontamente dispersas pela avifauna.

56 13 Coordenada geográfica: Elev. 179 metros S 09°18.337' W049°57.589'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Euphorbiaceae Nome científico: Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. Nome popular: Tapiá, tamanqueiro, tapiá-mirim, caixeta, tanheiro, tanheiro - de - folha - redonda.

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, ciófita e até heliófita, seletiva higrófita, característica de beira de rios e planícies aluviais da floresta atlântica. Ocorre também em menor freqüência na floresta latifoliada da bacia do Paraná. É particularmente freqüente nas formações secundárias como capoeiras e capoeirões. Ocorre também na mata primária, principalmente nas beiradas e clareiras.


Coordenada geográfica: Elev. 185m S09º54.560' W049º50.335'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Bignoniaceae Nome científico: Tabebuia serratifolia (Vahl) Nich. Nome popular: Pau-d'arco-amarelo, ipê- amarelo, piúva- amarela, ipê-pardo.

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, característica das floresta pluvial densa. É também largamente dispersa nas formações secundárias, como capoeiras e capoeirões, porém tanto na mata como na capoeira, prefere solos bem drenados situados nas encostas. Sua dispersão é geralmente uniforme e sempre muitos esparsa.

57 13 Coordenada geográfica: Elev. 185m S09º54.560' W049º50.335'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Apocynaceae Nome científico: Himatanthus sucuuba (Spruce) Wood. Nome popular: Sucuúba, súcuba, sucuúba- verdadeira.

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Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita, seletiva xerófita, secundária, característica da mata pluvial Amazonica de terra firme e da mata higrofila sul baiana (mata pluvial Atlântica). Apresenta freqüência média com dispersão descontínua e irregular. Ocorre preferencialmente no interior das matas primárias e secundárias de terrenos arenosos ou mistos porém bem drenados e profundos. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, disseminadas pela ação do vento.


Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita e seletiva xerófita, muito comum na região norte do país na floresta pluvial. No Estado do Maranhão e parte do Pará apresenta ampla e expressiva disperssão, chegando em muitas regiões a formar populações puras, denominadas “babaçuzais”. Apesar de ocorrer no interior da floresta primária, geralmente ocorre como espécie predominante. Seu maior vigor é como espécie pioneira, regenerando naturalmente em áreas abertas com tamanho vigor que chega a ser considerada espécie daninha em pastagem.

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Coordenada geográfica: Elev.565ft S 09º18.660' W 049º58.065'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Bignoniaceae Nome científico: Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook. Nome popular: Ipê-amarelo.

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Arecaceae Nome científico: Orbignya phalerata Mart. Nome popular: Babaçu, aguaçu, bauaçu, coco- de- macaco. Coordenada geográfica: Elev. 185m S09º54.560' W049º50.335'

Informações ecológicas: Planta perenifólia ou semidecídua (decídua no cerrado), heliófita e seletiva higrófita (seletiva xerófita no cerrado). Ocorre de maneira esparsa em terrenos bem drenados no cerrado e, em agrupamentos quase homogêneaos em solos muito úmidos ou até pantanosos no pantanal e na caatinga.


Coordenada geográfica: Elev. 186m S09º54.556' W049º50.326'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Vochysiaceae Nome científico: Salvertia convallariaeodora St. Hil. Nome popular: Colher- de- vaqueiro, folha- larga, pau- de- arara.

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica do cerrado. Apresenta ampla dispersão, porém bastante descontínua e em baixa freqüência. Ocorre preferencialmente em terrenos altos de solos bem drenados, tanto nas formações primárias como secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.

59 13 Coordenada geográfica: Elev. 593ft S09º18.580' W049º57.672'

FOTO: ÂNGELA FREITAS BARBOSA

Família: Arecaceae Nome científico: Mauritia flexuosa L. f. Nome popular: Buriti, coqueiro- buriti, miriti, palmeira- dos- brejos.

PROJETO CANTÃO - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - 2012

Informações ecológicas: Planta perenifólia, heliófita e higrófita, encontrada em várias formações vegetais, porém invariavelmente em áreas brejosas ou permanentemente inundadas. É particularmente freqüente nas baixadas úmidas de áreas do cerrado de Brasil Central. Ocorre geralmente em agrupamentos quase homogêneos (buritizais). Produz anualmente grande quantidade de frutos, avidamente consumidos por inúmeros animais.


Coordenada geográfica: Elev. 180 metros S 09°21.765' W 050°00.092'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Passifloraceae Nome científico: Passiflora sp. Nome popular: Maracujá, Maracujazeiro

Informações ecológicas: Planta trepadeira de porte grande. Folhas inteiras de margem lisa com duas glândulas na base da lâmina (às vezes mais), caule com formação de gavinha. Flores hermafroditas e fruto tipo baga. Ocorre em matas de galeria e em cerradões.

60 Coordenada geográfica: Elev. 186m S09º54.556' W049º50.326'

FOTO: IRENIDES TEIXEIRA

Família: Fabaceae Nome científico: Pterodon emarginatus Vogel Nome popular: Sucupira, sucupira- lisa, sucupira- amarela, sucupira- branca.

PROJETO CANTÃO - RELATÓRIO FOTOGRÁFICO - 2012

Informações ecológicas: Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica de terrenos secos e arenosos do cerrado e de sua transição para a floresta semidecídua. Sua dispersão é irregular e descontínua, ocorrendo em agrupamentos densos e, muitas vezes até em populações puras. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, que eventualmente podem ser atacadas por insetos.


MAKING OFF




FOMENTO: Secretaria da Ciência e Tecnologia

APOIO:

NATURATINS

REALIZAÇÃO:

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PRO

JETO CANTテグ FAUNA & FLORA


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